Um natal muito atrapalhado

Tudo começou com o telefonema do Júlio, um empresário, que estava namorando Carolina há alguns anos. Ele resolveu fazer uma surpresa para ela e sua família, que era bem grande, cheia de crianças.

O rapaz queria recriar os natais de antigamente, com bandinha, Papai Noel, neve, e tudo que tinha direito.

Pois bem, tudo foi combinado, no dia 24 de dezembro Fredi Jon levaria a bandinha, e o Papai Noel para o Natal dos sonhos do Júlio.

Estava combinado do show começar às vinte e três horas, faltavam quinze minutos, e cadê a bandinha meu povo???

Nada dos meninos chegarem, Fredi ligava feito doido, até que resolveram atender.

Vocês não vão acreditar, o saxofonista na hora de colocar os instrumentos no carro acabou esquecendo o case em cima do veículo e só foi perceber quando ouviu o barulho do instrumento literalmente se espatifando no chão, sim, o saxofone faleceu.

Daí eles estavam correndo para encontrar outro músico, já que o rapaz estava praticamente em estado de choque, no final deu tudo certo, contataram um rapaz que estava aprendendo, mas que poderia dar conta do recado.

Chegaram quase vinte minutos atrasados, o papai Noel já estava quase dando cria, tinha outra casa para visitar, teria que ser uma aparição relâmpago.

Bem, a máquina de neve foi ligada, a bandinha entrou em cena e foi aquela alegria, a criançada doida, todos super animados até que entrou o bom velhinho: Ho, Ho, Ho…

Gente do céu, não sei como explicar o que aconteceu nessa hora, bem, vocês lembram que eu disse da máquina de neve né? Então, na verdade aquilo é espuma, pois é, o papai Noel ficou patinando no chão molhando até que caiu de cara no piso escorregadio, a mulherada correu pra erguer o velho, tava difícil, ele era bem gordo, aí o povo, começou o show, era um tal de gente escorregando e o Papai Noel lá de quatro tentando levantar, foi aí que ouviu se, um  som de pano rasgando.

– Olha a bunda do Papai Noel!!! – gritou um dos meninos.

A calça do velho rasgou minha gente, e aquelas crianças não paravam de gritar, até que um capetinha teve a brilhante ideia de terminar de rasgar a calça do homem

Foi uma bagunça pessoal, se eu não tivesse presenciado não teria acreditado, mas que foi engraçado foi, ver o bom velhinho todo lambuzado e só de cuecas reclamando da criançada.

Texto Fernanda Morena. Outras histórias você encontra no MINUTO Serenata disponível no site: serenataecia.com.br e no YouTube