As professoras Dra. Ana Paula Girol e Dra. Giovana Aparecida Gonçalves Vidotti, do Centro Universitário Padre Albino (UNIFIPA), estão colaborando em um projeto aprovado para desenvolver curativo à base de celulosa e grafeno. A iniciativa é da Universidade Federal do Ceará (UFC), junta a startup BIOMTEC.
A proposta foi aprovada na fase 2 da chamada pública Empreendimentos e Soluções de Base Tecnológica na Área de Grafeno, a partir do desenvolvimento de curativos de pele tecnologicamente avançados à base de biocelulose e nanopartículas de grafeno modificado. Batizados de GrafDerm, os curativos são capazes de desempenhar ação bioativa sobre ferimentos, sendo feitos com biocelulose e contendo óxido de grafeno ancorado com nanopartículas de prata. O produto possui propriedades antimicrobianas não citotóxicas.
Durante essa segunda etapa, é realizado o estudo in vivo em modelo animal, para determinar de forma mais eficiente as propriedades biológicas do curativo. A atividade cicatrização será avaliada utilizando dois modelos: lesão cutânea infectada e protocolos de atendimento; e lesão cutânea diabética. Nesse passo, os ensaios serão conduzidos pelo grupo de professoras da Unifipa, na Unidade Didática e de Pesquisa Experimental (UDPE), em Catanduva. A unidade possui experiência no uso de modelos animais para avaliação de processos inflamatórios e de regeneração tecidual, envolvendo abordagens morfofisiológicas, histopatológicas, bioquímicas e moleculares.
Sobre o curativo
De acordo com o descritivo do produto, uma das vantagens do GrafDerm é que, por conta de sua característica de umidade, é adaptável à superfície da lesão, oferecendo flexibilidade e proteção ao tecido. O curativo possui, ainda, alta capacidade de remoção do exsudato (fluido proveniente dos ferimentos), regulação da temperatura e umidade sobre a área inflamada.