Para reflexão

 

Colacionamos algumas reflexões e escritos de diferentes épocas e situações, compondo um verdadeiro mosaico para, quem sabe, levar o leitor a fazer também uma reflexão sobre o momento atual.

O conceito de orçamento público há 2072 anos: “O Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As Dívidas Públicas devem ser realizadas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública.” (Marcus Tullius Cicero – advogado, político, escritor, orador e filósofo – Roma, 55 a.c).

A melhor definição sobre surgimento do nosso país como nação: “O Brasil nasceu por engano, virou Terra de Santa Cruz depois que se constatou que era muito litoral para uma ilha só, passou quase 200 anos na praia antes de animar-se a escalar o paredão que separava o mar do outro lado da mata, teve como primeira e única rainha Maria, a “Louca”, acolheu o filho da doida de hospício que roubou a matriz na vinda e a colônia na volta e instalou no trono um menino de 5 anos que, sem pai sem mãe, seria promovido a avô da nação. Não é pouco. E não é tudo.” (Revista Veja 06 de fevereiro de 2013, comentando o livro de John dos Passos, jornalista e escritor americano).

A melhor explicação da origem da crise do nosso país: “Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semianalfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo, em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso” (escrito no inicio dos agitados anos de 1970 pelo contra revolucionário de 1964, General Mourão Filho. O militar não conheceu Lula. Mas, ao que tudo indica, além de seu destemor pessoal, era um profeta).

Melhor definição do Brasil nos 13 anos do governo do PT: “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”. (Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand – fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920-, mostrando uma visão com conhecimento de causa).

Trechos do sábio relatório de prestação de contas de Graciliano Ramos, então prefeito da pequena Palmeira dos Índios(AL) de 1930: “No orçamento do ano passado houve supressão de várias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto, calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985. E não empreguei rigores excessivos. Fiz apenas isto: extingui favores largamente concedidos às pessoas que não precisavam deles e pus termo à extorsões que afligiam os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados, escorchados, esbrugados pelos exatores. Não me resolveria, é claro, a pôr em prática no segundo ano de administração a equidade que torna o imposto suportável. Adotei-a logo no começo. A receita em 1928 cresceu bastante. E se não chegou à soma agora alcançada, é que me foram indispensáveis alguns meses para corrigir irregularidades muito sérias, prejudiciais à arrecadação. – Pensei em construir um novo cemitério, pois o que temos dentro em pouco será insuficiente, mas os trabalhos a que me aventurei, necessários aos vivos, não me permitiram a execução de uma obra, embora útil, prorrogável. Os mortos esperarão mais algum tempo. São os munícipes que não reclamavam. – A Prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras. É um bluff. Pagamos até a luz que a lua nos dá. – Possuímos uma teia de aranha de veredas muito pitorescas, que se torcem em curvas caprichosas, sobem montes e descem vales de maneira incrível. O caminho que vai a Quebrangulo, por exemplo, original produto de engenharia tupi, tem lugares que só podem ser transitados por automóvel Ford e lagartixa. Sempre me pareceu lamentável desperdício consertar semelhante porcaria. – Dos administradores que me precederam uns dedicaram-se a obras urbanas; outros, inimigos de inovações, não se dedicaram a nada. Nenhum, creio eu, chegou a trabalhar nos subúrbios.”

Melhor remédio para o momento atual: “Não roubar, não deixar roubar, por na cadeia quem rouba, eis o primeiro mandamento da moral pública.” (Celso de Mello, decano ministro do Supremo Tribunal Federal).

Um dia tudo será história: “A história é a mãe da verdade, êmula do tempo, depositária das ações, testemunha do passado, exemplo e anúncio do presente, advertência para o futuro.” Miguel de Cervantes – escritor espanhol (1547 – 1616).

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