Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos estão chegando e, mais do que nunca, é importante lembrar os sete valores das maiores competições esportivas mundiais. Três deles (amizade, respeito, excelência), chamados de Olímpicos, inspiraram o Barão de Coubertin na reorganização dos jogos na Era Moderna.
Os outros quatro (igualdade, inspiração, determinação e coragem), considerados paralímpicos, foram acrescentados décadas depois. Embora inicialmente atrelados à ótica do esporte, todos trazem questões universais.
“Maratona ano 1917”, obra pintada com tinta acrílica sobre tela (40 x 50 cm) por Marcelo Vieira, representa uma competição esportiva que cristaliza a maioria dos ideais olímpicos.
Trata-se de uma prova longa em que é necessário reunir resistência, velocidade e, acima de tudo, grande preparo mental. A vitória vem de um grande preparo interno para conseguir superar as próprias barreiras físicas e, principalmente, psicológicas.
Além de o tempo de corrida ser longo, existe um fantasma interno que convida muitas vezes a desistir pelo cansaço, por dores e pelas múltiplas facetas do desgaste a que o organismo é submetido. Trata-se, portanto, de um desafio em todos os níveis que promove um crescimento emocional renovado cada vez que é iniciada. Participar de uma maratona de alto rendimento é uma corrida perante as possibilidades de enfrentar as próprias limitações.
Oscar D’Ambrosio @oscardambrosioinsta
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, graduado em Letras, crítico de arte e curador.