Nihil – é um termo do latim que significa, “nada”. Usualmente, se utiliza também para dizer que, “não houve movimentação”.
Idem – é outra palavra com origem no latim e significa “o mesmo”, “igual” ou “da mesma maneira”. O termo é utilizado normalmente em citações bibliográficas, para evitar a repetição do nome do autor.
Usque – do latim, significa “até o fim”, “até que”, ou simplesmente “até”.
Os dois primeiros vocábulos eram muito e usualmente empregados nos registros contábeis, no tempo em que os livros eram escriturados manualmente e posteriormente mecanicamente. Os lançamentos contábeis, também conhecidos como “partidas dobradas” compreendiam lançar numa conta do débito e consequente em outra no crédito, daí o nome. Também fazia parte do lançamento o histórico e, é ai, que o nihil e idem entram na história e, finalmente o valor.
Usque, hoje em desuso era empregado pelos advogados das antigas, no tempo em que as petições eram datilografadas. Hoje as petições são digitalizadas, isto é, sem a existência de papel e, os advogados escrevem é lido pelo juiz no seu monitor, assim como são apreciados e analisados todos os documentos que compreendem o processo que é eletrônico. Também existem registros do uso do vocábulo usque em latim, em muitos livros históricos do catolicismo, como exemplo – usque ad mortem, mortem autem crucis (até a morte, e morte de cruz).
Como se vê, a evolução dos tempos tem esse handicap de produzir o esquecimento ou mesmo desbancar palavras antes utilizadas no nosso dia-a-dia. Mas, Epa! Mas, afinal o que é handicap? É outra palavra que foi muito utilizada na década de setenta e até mesmo oitenta e que, hoje sumiu do nosso vocabulário. Segundo a enciclopédia livre Wikipedia “handicap” é um termo inglês que significa vantagem ou desvantagem, ou o ato de dar vantagem ou desvantagem. Pode também significar obstáculo, ou incapacidade. E aí, poderíamos dizer: Nihil na vida é idem, usque a morte. – traduzindo: Nada na vida é igual, até a morte.
Complicado né? Mas é a nossa língua.