Uma trajetória visual é um caminhar pelo mundo pleno de sentidos que se materializa na realização de pesquisas plásticas. A principal é o questionamento de si mesmo. Isso permite percorrer continuamente novas veredas que são o resultado de jornadas anteriores.
Santa Cecília São Paulo – SP
A exposição “Sem fundo nem fim”, de Gabriel Torggler (@gabrieltorggler), constitui um ato do fazer sem verdades absolutas. A grande musa do trabalho está no próprio ato do fazer, em que o movimento das imagens e a cor são protagonistas.
Cada obra constitui uma profissão de fé no sentido de entender a criação como uma reflexão sobre figurações que são diluídas em nome da construção do que se poderia chamar de índole poética, ou seja, uma potência de significações que gera variedade de percepções.
Cada observador pode ter a sua leitura e jogar nas imagens as próprias idiossincrasias. O essencial é que, na prática, o fazer contemporâneo do artista se concretiza em práticas e recepções diversas em que as sugestões propostas se ampliam nas intensidades cromáticas de um denso mergulho plástico.
Oscar D’Ambrosio
@oscardambrosioinsta
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, crítico de arte e curador.
