Radicados em São Bento do Sapucaí, SP, os artistas plásticos Billy Gibbons e Luis Rosa, criaram o heterônimo Snobbigasor, um heterônimo marroquino que recebe nome e biografia próprias, caracterizado pela expressividade e dinamismo em suas representações visuais
Nada melhor do que começar o ano com uma imagem em que uma base predominantemente azul e um centro com tons de vermelho explode para gerar uma espécie de flor branca. Oriunda de um exercício a quatro mãos, uma manifestação criativa que leva a refletir sobre o sentido da arte como um todo.
Afinal, criar pode ser visto não apenas como imitar ou representar, mas como o potencial ilimitado emocional, técnico e desafiador de instaurar novos mundos. Ao criarem Snobbigasor, Gibbons e Rosa se obrigam a abrirem um pouco mão de si mesmos para construir um terceiro.
De dois artistas, surge um novo. Não se está a falar de somatória ou de unificação, mas de um ser que se manifesta com as expressões dos dois para estabelecer uma terceira via. Isso demanda desapego. Analogamente, 2025, o ano novo, será resultado que foi feito em 2024 e do que se almeja para 2025.
Para que essa mecânica funcione na arte, também é preciso que cada observador abra seus olhos, mente e coração, podendo absorver assim um criador que estabelece seu próprio espaço. Ganha assim vida e nos introduz num mundo de mistério e fascínio plenos de encanto e sedução.
Oscar D’Ambrosio
@oscardambrosioinsta
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, crítico de arte e curador.