Dia 30 de julho é comemorado o Dia Mundial do Bordado, celebrado pela primeira vez em 2011 por iniciativa do Täcklebo Broderiakademin (Academia de Bordado de Täcklebo), em Vismarlöv, na Suécia. Acesse o manifesto em clique aqui
A imagem de Parísina Ribeiro reúne elementos que podem ser lidos simbolicamente, a começar pela pipa, como elemento da liberdade; e o vento, que aponta para as diversas direções que a arte pode tomar. Tudo isso ocorre no céu, um campo visual relacionado geralmente ao sagrado.
O sol e a lua, integrados em uma única imagem, indiciam as diversas facetas da arte, em que não há certo ou errado, mas possibilidade do pensar, do fazer e do interpretar que se interpenetram continuamente em um fascinante jogo que tanto pode ser lúdico como político, sem que um aspecto exclua o outro.
As colinas, as árvores e as pessoas surgem como personagens da paisagem. É nos altos e baixos da existência, nos ciclos do nascer/viver/morrer e nos diálogos entre cada indivíduo e a coletividade que os trabalhos visuais se realizam e apontam para os múltiplos caminhos da existência que o bordado pode metaforizar.
Oscar D’Ambrosio @oscardambrosioinsta
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, graduado em Letras, crítico de arte e curador.