Por Lígia Souto – Rio de Janeiro
A escola de samba Portela plantou uma árvore de baobá no Parque Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, em homenagem ao dia da Consciência Negra. A agremiação aproveitou a data para homenagear portelenses e outros sambistas vítimas da pandemia de Covid-19, iniciada em março aqui no Brasil.
Na tradição africana, os baobás simbolizam a conexão entre o mundo sobrenatural e o material, entre os vivos e os mortos. E, por esta razão, foi escolhida para representar o momento.
Originárias das regiões semiáridas de Madagascar, essas árvores podem atingir de 30 a 40 metros de altura e 7 a 9 metros de circunferência. São capazes de armazenar 120 mil litros de água e de viver até seis mil anos. Pela magnitude e força, o baobá é, para muitas etnias africanas, a Árvore da Vida, testemunha do tempo.
A escolha do baobá se deu, segundo o presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, por todo o significado que existe junto à cultura afro-brasileira.
A árvore da vida, como também é conhecido o baobá, representa ainda a ancestralidade, a origem e a resistência, como conta Luis Carlos Magalhães.
A história dessas árvores será retratada no enredo da Portela para o carnaval de 2021.
O plantio da muda contou com a presença de membros da diretoria, além de integrantes da agremiação, como o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Portela, Marlon Lamar e Lucinha Nobre.