Com tudo cada vez mais caro, aprenda organizar as finanças

Basta uma ida ao supermercado para cair a ficha: os preços subiram. Porém, o salário não acompanha essa disparada. Veículos, comida, roupas, equipamentos eletrônicos, móveis, eletrodomésticos. A lista é grande de tudo aquilo que consumimos e que sofreram com a inflação nos últimos anos. 

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os preços de itens como gasolina, etanol, açúcar refinado, óleo de soja e outros produtos subiram mais de 30% entre setembro de 2020 e 2021.

Isso sem falar no setor de serviços, que engloba gastos com escola, médicos, seguro veicular e cuidados estéticos, por exemplo. 

O especialista em finanças, Caio Katayama, dá dicas de como driblar a inflação e seguir o melhor caminho para ter uma vida financeira saudável, mostrando que é possível até sobrar para começar a investir. Confira:

Manter o controle dos gastos

A primeira dica é manter um controle rigoroso dos gastos e das receitas. É importante identificar onde o dinheiro está sendo gasto e tentar reduzir as despesas desnecessárias. Além disso, é fundamental criar um orçamento realista e segui-lo à risca. Caso isso não seja possível, procure alternativas de aumento das receitas, seja fazendo horas extras ou vendendo produtos pela internet. Nesses momentos, a criatividade é muito importante. 

Reserva de emergência

A reserva financeira de emergência é fundamental para garantir a segurança financeira de uma pessoa ou família em momentos de imprevistos. Ela serve como um colchão financeiro para cobrir despesas urgentes e inesperadas, como uma doença, perda de emprego, acidente, entre outros.

Ao ter uma reserva financeira, a pessoa ou família não precisa recorrer a empréstimos ou usar cartões de crédito com altas taxas de juros, o que pode gerar uma dívida difícil de ser paga. Além disso, a reserva também permite que a pessoa ou família tenha mais tranquilidade para lidar com situações imprevistas, evitando estresse e preocupação excessiva.

Em tese, a reserva financeira deve ser suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas essenciais, como moradia, alimentação, saúde, transporte, entre outras. É importante lembrar que essa reserva deve estar disponível em uma aplicação financeira de fácil acesso e com liquidez diária, ou seja, que possa ser resgatada rapidamente em caso de necessidade.

Comece a investir

Em relação aos investimentos, é importante buscar alternativas que ofereçam proteção contra a inflação. Isso pode ser feito por meio de ativos reais, como imóveis e terrenos, que tendem a se valorizar ao longo do tempo. Outra opção é optar por investimentos em títulos indexados à inflação, como o Tesouro IPCA+. 

Também é indicado diversificar os recursos entre diferentes tipos de ativos e setores da economia, o que ajuda a reduzir o risco da carteira e a aumentar as chances de obter bons resultados. 

Acompanhe as notícias de economia

Por fim, deve-se ficar atento às mudanças na economia e no mercado financeiro. A inflação pode ser influenciada por diversos fatores, como as decisões do governo, a oscilação do dólar e a demanda por produtos e serviços. Por esses motivos, é importante acompanhar as notícias e as análises econômicas para tomar decisões informadas sobre os investimentos.