Cardiologista explica sobre aneurisma da aorta, condição que afetou o apresentador Otaviano Costa

Recentemente o apresentador Otaviano Costa revelou que foi submetido a uma cirurgia para correção de aneurisma da aorta torácica. O caso do apresentador levantou um alerta para um problema silencioso que pode ocorrer na aorta torácica ou na aorta abdominal – e que, em ambos os casos, quando não diagnosticado e tratado a tempo, pode ser fatal.

De acordo com a médica cardiologista Patrícia De Marco, do Instituto Kos, o aneurisma de aorta torácica atinge seis a cada 100 mil pessoas. Já a ocorrência do aneurisma de aorta abdominal é de 25 casos a cada 100 mil pessoas.

“A aorta é um grande vaso que leva o sangue do nosso coração para todo restante do corpo. O aneurisma é a dilatação desse vaso que, quando ele aumenta esses diâmetros”, diz. A médica explica que essa condição pode ser causada por fatores de risco como hipertensão não controlada, colesterol elevado e tabagismo. “Os dois tipos de aneurismas da aorta são mais frequentes em homens e em idosos. Quem tem caso na família também tem mais chances”, afirma a médica cardiologista.

Como detectar um aneurisma?
A cardiologista explica que esse é um problema ‘silencioso’ e a melhor forma de detectar o problema na fase inicial é com exames de rotina. “Os exames podem ser o ecocardiograma para o aneurisma da parte torácica e o ultrassom de abdômen para o aneurisma da parte abdominal”, comenta.

Quando diagnosticado a tempo, o tratamento pode ser cirúrgico – como foi o caso do apresentador Otaviano Costa, ou um tratamento percutâneo que é parecido com um cateterismo. “Neste caso é inserida uma prótese para proteger essa aorta”, explica a médica.

“O que geralmente acontece é que o paciente só percebe que algo não está bem quando esses vasos estão muito dilatados, porque nesta fase podem

causar dor ou algum outro incômodo. Mas o grande perigo é esse vaso se romper, causando óbito rapidamente”, explica.

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Dra. Patrícia De Marco é graduada em Medicina na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Realizou residência de Clínica Médica e Cardiologia pela FAMERP, Especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Pós Graduada na área de Cardio-Oncologia.

Atualmente, Dra. Patrícia é Preceptora da enfermaria de Clínica Médica no Hospital de Base, Professora colaboradora no Laboratório de Habilidades e Simulações da FAMERP Atua no Instituto KOS na realização de teste ergométrico e atendimento de consultas de Cardiologia Geral e Cardio-Oncologia.