Denúncia
Rodrigo Janot apresentou ao STF denuncias fortes contra Temer baseadas tão somente na gravação feita pelo Jofriboi com evidente intenção de sacanear o presidente. Não há uma só prova concreta que sustente as acusações, apenas conversas entre os dois. A gravação tem trechos incompreensíveis e entrecortados originando interpretações dúbias. Em resumo, as denuncias não permitem conclusão sólida para afastar um presidente da República. Ao contrário, parece haver evidências de que essas denúncias sejam instrumento de retaliação e de interesses políticos e muito pouco de uma peça jurídica.
Essa crise política tem sido prejudicial à imagem do Brasil no exterior. Ninguém se sente seguro em investir no país. Ângela Merkel esteve na Argentina e passou reto sobre o Brasil. O presente que Temer trouxe da Noruega foi o corte de 50% da verba anual para proteção da Amazônia. E Temer não participará da reunião do G 20, grupo formado com as 20 maiores economias do planeta, em face da crise política. Um desprestígio ao país que faz parte do G 20. O Brasil não aguenta mais uma nova interrupção com a saída de mais um presidente em tão pouco tempo. A economia que dava sinais de recuperação, depois de dois anos de recessão, poderá sucumbir outra vez. É preciso manter a nação funcionando, mesmo que precariamente nesse pouco mais de um ano que falta para as eleições. Vivemos a pior crise que o Brasil já teve e precisamos da união de todos no momento, o que não quer dizer que caso haja comprovação dos culpados não devam ser punidos. (com a colaboração de meu amigo Gilson Rondinelli Filho).
No país da corrupção não é de se estranhar que a propina faz parte do futebol também. Os cartolas Marin, sucessor de Ricardo Teixeira na CBF, está preso nos EUA, Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, e o próprio Teixeira não saem do Brasil para não serem presos. Todos são acusados de receber propina na venda de direitos de torneios no Brasil e no exterior. Teixeira é o mais enrolado, não por acaso presidente da CBF por mais de 20 anos – imagina-se o quanto não recebeu de propina! Ele é réu nos EUA, investigado na Espanha, Suíça e Uruguai. Teixeira e seu parça, Sandro Rosell, ex presidente do Barcelona, preso o mês passado, são acusados de fazer parte de uma organização criminal transnacional e de lavar dinheiro proveniente da propinagem paga principalmente por agencias de marketing na venda de direitos de transmissão de TV. Teixeira diz que não sai do Brasil nem a pau. Claro, se sair corre o risco de ir em cana e depois, diz ele, aqui não é acusado de nada e tudo o que o acusam no exterior no Brasil não é crime. Portanto cartolas brasileiros encham os bolsos, mas não saiam daqui.
Pe. Cornegundo em frente ao convento de freiras e uma noviça que estava na porta lhe pede uma carona. Ele para o carro e ao entrar a noviça involuntariamente deixa aparecer um lindo par de pernas. Pe. Cornegundo engole seco e vai em frente. Entretanto, num trecho, ao mudar a marcha escorrega a mão em suas pernas. A noviça chama a atenção dele – Paaaadre… olha o salmo 128…
Ele pede desculpas e continua dirigindo, mas percebe que as pernas da noviça estão próximas da alavanca do cambio. Numa subida, ao engatar uma segunda marcha, esbarra novamente nas pernas dela, sem querer também.
E a noviça – Paaaadre… olha o salmo 128. Ele se desculpa outra vez com um “foi sem querer”. Depois de um tempo a noviça pede para ele deixa-la no mercado. Ao descer, suas pernas aparecem involuntariamente de novo. Assim que ela desce, Pe. Bostoleido vai até a igreja a procura do salmo 128 que diz: “Vá em frente, persista. Mais acima encontrarás a glória do paraíso”.
A novidade no fitness é um macacão de neopreme que com 20 minutos de malhação equivale a uma hora e meia de treino. Desenvolvido na Colômbia, ele tem eletrodos que dão “choquitos”, ou “choquinhos” estimulando 350 músculos do corpo de uma só vez com gasto de até 400 calorias. A pulsação elétrica dos movimentos cria uma resistência maior, sem o uso de pesos, com menor risco de lesões. O XBody, como é chamado, é utilizado por atletas de alto desempenho. Famosas já aderiram, como Cláudia Raia. Outra nova é um simulador 3D, o SPIVI, que permite aos frequentadores participar de uma corrida ou ciclismo de modo virtual, como se estivesse dentro de um videogame. O aparelho, com software de 10 mil dólares, personaliza a bicicleta ou a esteira com dados pessoais do “atleta”, como histórico de desempenho e frequência cardíaca. Essas geringonças tecnológicas estão disponíveis em S. Paulo numa rede de academias e em mais três locais. Menos esforço com bom resultado. Ideal para os preguiçosos.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que não necessita de idade mínima para se aposentar. Basta comprovar o tempo de contribuição e mesmo tendo menos de 50 anos se aposenta. Melhor do que morango com chantilly. A consequência é que muita gente pode receber a aposentadoria por um tempo maior do que de contribuição devido ao aumento da longevidade. E nessa, os pobres e quem vive de trabalho informal são os que se lascam. Como não podem comprovar sua contribuição, acabam se aposentando por idade. Isso causa um desiquilíbrio financeiro ao longo do tempo, ou seja: gastos previdenciários em alta e receitas em queda. E quem perde nessa história são os menos favorecidos, justamente aqueles que o pessoal do contra quer proteger. Piada! A reforma é necessária, talvez não tão draconiana, talvez sendo feita aos poucos, talvez… Mas é preciso e nisso a maioria concorda. No entanto, as informações distorcidas divulgadas pela esquerda dão um nó na cabeça dos desinformados que se posicionam contra a qualquer reforma.
Sabe quantas selfies – abreviação de self-portrait (autorretrato) – são postadas por dia na internet? Chuta. Um milhão. Essas fotos geralmente são puro narcisismo de quem está ligado nas redes sociais. Fazem-no para chamar a atenção e com isso esperam curtidas no Facebook, conforme pesquisas de universidade de Londres. Porém, estudos financiados pela Sony preveem que nos próximos cinco anos as selfies poderão servir para coisas bem mais uteis facilitando a nossa vida. Atividades como medicina, sistemas financeiros, moda, comércio on-line, robótica, segurança pessoal, esportes, entretenimento poderão, em breve se utilizar de selfies. Muitas outras atividades, além dessas, também estão na mira dos pesquisadores, que se debruçam em todos os setores da atividade humana para saber quais em que a tecnologia pode ser aplicada. Claro que os posts de fotos nas redes continuarão, mas a futilidade terá seu lado benéfico para todos.
É o nome do filme que estreou a semana passada em uma das salas do Lumiére, no Shopping. Com o sempre ótimo Tom Hanks e Emma Watson, ela é Mae, uma jovem batalhadora que precisa trabalhar para garantir o sustento da família – seu pai sofre de esclerose múltipla. Através de uma amiga ela contratada para trabalhar numa badalada empresa de alta tecnologia. Tom Hanks, diretor da empresa, lança uma mini câmera a preço acessível e que serve para vigiar as pessoas. Mae é a primeira a receber a novidade para teste e é monitorada pela empresa. A história é boa, mas pode gerar discussões porque interfere nas relações profissionais e pessoais e na invasão de privacidade. Embora um tema futurista, não está tão distante para virar realidade. Baseado em livro homônimo de Dave Eggers. Eu fui ver o filme no domingo passado e tinha cinco pessoas. É provável que não esteja mais em exibição. Se não estiver, leia o livro.
Leonardo Sales, pernambucano, amante da boa música, realizou um dos mais completos estudos sobre a música brasileira. É o primeiro estudo a ir fundo na análise de acordes e letras através da seleção de 532 artistas. O resultado é triste: a música brasileira está cada vez mais simplória com letras pobres que abusam da repetição de palavras e de poucos e repetitivos acordes. Essa radiografia musical é baseada nos sites letras.com.br e cifras.com.br. Essa simplificação começou nos anos 1960 com o rock e a Jovem Guarda. Passada essa fase, no entanto, elas vêm empobrecendo ao longo das décadas. A mercantilização e massificação da música gerou o rap, nos anos 1980, que maximizou a quantidade de palavras e minimizou os acordes. Porcarias, como funk e brega, contribuíram também. Com isso mudou o perfil do artista, que hoje não precisa mais saber tocar e compor. Basta cantar e saracotear no palco. O ápice foi à ascensão do sertanejo, hoje um quase monopólio com canções simplórias desprovidas de qualquer conteúdo musical. A qualidade da música brasileira ainda sobrevive com mestre Chico Buarque, o campeão. É o que mais gravou acordes distintos, harmonias sofisticadas e letras poéticas. A seguir, pela ordem: Djavan, Ivan Lins, João Bosco, Ed Motta, Caetano, Lenine, Vinícius e Simone. Quando eles se forem o que será de nossa música?