Café Minuto – Quem leva?

QUEM LEVA? – Eu esperava que desse 2º. Turno. E deu. Nossos irmãos do Nordeste, que adoram um Molusco, votaram em peso na PeTralhada, como sempre. Bolso perdeu aí e no Pará e ganhou em todos os outros Estados. 49 milhões para Bolso, 31 milhões para Luladdah. A PeTralhança terá que tirar água de pedra, para tirar essa diferença de 18 milhões de votos. Missão quase impossível. Acho que nem reza brava dará certo. Uma promessinha pode dar certo: pedir que os esquerdistas que votaram em outros partidos se bandeiam para Haddahlula. Há mais um dado contra a PeTralhada. Desde 2002 que há 2º. turno na eleição para presidente e sempre o mais votado no 1º. saiu vencedor. Até hoje o 2º. mais votado nunca conseguiu virar o jogo, mas… E se a reza brava dessa vez funcionar? Tudo é possível. Pode-se dizer a favor dos PeTralhudos que nunca perderam uma eleição para presidente, porém, sempre chegaram no 2º. turno como os mais votados.  Então…?

DE PIJAMA – Essa eleição mostrou que o pessoal queria mudança. A taxa de renovação na Câmara foi de 53,41%, 268 novos parlamentares eleitos. Foi a maior renovação desde 2010 quando apenas 44,25% eram novatos e em 2014, 46,78%. Estamos melhorando. Muitos medalhões, com mais de 20 anos no Congresso foram mandados para casa e já podem vestir o pijama. E o melhor de tudo, vários deles denunciados, investigados e réus da Lava-Jato. Me dá o maior prazer saber que Jucá, Lobão, Eunício, Requião, Lindberg, Jorge Viana vão vestir o pijama. E mais ainda saber que Dilmanta e Suplicy que se consideravam eleitos também estarão empijamados. Mesmo assim a limpeza não foi completa: 5 réus, 24 investigados, 6 denunciados foram eleitos, entre eles, Renan, o eterno; Jader Barbalho, Aécio e Gleisi Narizinho – esses dois eleitos para a Câmara. 5 ainda vão disputar o 2º. turno. Quem disse que brasileiro não sabe votar? São tantos que dizem que não dá pra saber.

2º. TURNO – Agora é pau ou pedra. Ou vai ou racha! É uma escolha difícil segundo Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de literatura, que acompanha a eleição no Brasil. Ele diz que escolher entre Bolsonaro e Luladdad é como escolher entre aids e um câncer terminal. Bom, melhor escolher aids, tem gente com a doença há 30 anos e tem uma vida normal, graças ao coquetel de remédios. Já câncer terminal… Tchau. No entanto, ele foi esperto, não disse quem é aids e quem é o câncer.   Cuidado com os fakes. No 1º turno as redes sociais foram invadidas por fakes bolsonaristas e petralhistas e agora não será diferente. Porém, acho que é perda de tempo. Quem votou no Bolso e quem votou no LuLaddad continuará a votar neles. A migração deve ficar por conta de muitos que votaram no Ciro e nos candidatos de partidos de esquerda que vão de Haddalula. E os eleitores de partidos de centro, que devem escolher Bolso. No meio dessas duas correntes estarão os que vão votar em branco ou anular, por não concordarem com nenhum dos dois. Eu também não concordo, mas entre o ruim e o pior… O que fazer? Branco ou nulo? Se daqui a 4 anos o eleito der ruim damos um pijama a ele e o mandamos para casa.

DOIS PEDIDOS – Um americano, um argentino e um brasileiro são pegos bebendo cerveja na Arábia. Foram presos imediatamente. Um mês depois, aniversário do rei, este transformou a pena dos estrangeiros em castigo. Seriam 20 chibatadas em cada um, mas antes teriam direito a um pedido. O primeiro foi o americano que pediu para amarrarem dois travesseiros nas suas costas. Na 5ª. chibatada os travesseiros arrebentaram. Na vez do argentino, este pediu quatro travesseiros, que resistiram até a 10ª. chibatada. Antes que o brasileiro pudesse falar, o rei disse – Adoro o Brasil. Terra de lindas mulheres, praia, futebol, música… Por isto terá direito a dois pedidos. O brasileiro então pediu 40 chibatadas, dizendo ser merecedor. Surpreso, o rei pergunta – E o segundo pedido? Amarrem o argentino em minhas costas!

WASHINGTON – Conheci Washington Olivetto na DPZ, agencia que atendia algumas contas da empresa que eu trabalhava. Guardo a imagem de um cara… assim… meio arrogante, sabe tudo, pouco afeito a críticas, porém talentoso. Nossa relação era profissional: reuniões na DPZ, na empresa, pausas para cafezinhos e alguns eventos do meio publicitário. Quando ele foi sequestrado, em 2001, seu cativeiro era uma casa perto de onde eu morava, passava todo dia em frente, veja só! Diretor de criação, foi responsável por campanhas dos iogurtes da empresa. Ele lançou sua autobiografia, “Direto de Washington”, onde conta os bastidores de suas memoráveis criações que entraram para a história da propaganda brasileira, como o Garoto Bom Bril: entrou para o Guinness Records por ficar mais tempo no ar: de 1978 a 2013; Primeiro Sutiã, da Valisère, foi outra campanha marcante. Celebridades, parceiros e desafetos são lembrados em sua trajetória. Tem um caminhão de prêmios que ganhou aqui e lá fora. Como bom publicitário, vende a si mesmo como seu maior produto e abusa do adjetivo genial. Para quem quer fazer propaganda de si ou apenas para conhecer sua história, vale a pena.

VAI BEM – Apesar do fundo do poço que a economia chegou em 2014, gerando uma crise braba, tem um negócio que vai muito bem, obrigado: as franquias! O setor vem crescendo, em média, 8% ao ano. Em 2017, chegou a 163.3 bilhões de reais. E nesses tempos de desemprego, gerou quase 1,2 milhões de vagas diretas. E não é só aqui, não! As franquias brasileiras vêm atuando no exterior com bons resultados há anos. 142 redes de franquias atuavam em mais de 100 países em 2017. Nos EUA atuam 46 marcas brasileiras; em Portugal e Paraguai, 34; Colômbia, 17; Argentina,15; México, 14, dentre outros países. Moda, Saúde e Bem Estar e Alimentação, são os segmentos com maior participação no exterior. No Brasil, as 20 maiores redes do país possuem 28019 lojas. Por curiosidade, as 5 maiores são: Boticário – 3762 lojas; AM PM (conveniência dos Postos Ipiranga) – 2415; Cacau Show – 2081; McDonalds – 2009; Jet Oil (rede de troca de óleo) – 1735. Aparentemente abrir uma franquia parece ser melhor negócio do que investir em negócio próprio. Será? Depende de vários fatores, mas em princípio parece ser bom.

A PELE DO FUTURO – Antes que você pense que é uma pele sintética que estão inventando, esclareço que é o nome do mais recente disco de Gal Costa: “A Pele do Futuro” O novo disco segue a linha do disco anterior, Estratosférica, mesclando autores da nova geração com autores de outros tempos. A Pele, no entanto traz boas novas. Gal passeia por várias vertentes da música brasileira e até mesmo do jazz. Gal aproveitou e chamou a amiga Maria Bethânia para fazer um dueto em “Minha Mãe”, uma composição do dinossauro, precursor do tropicalismo, Jorge Mautner com o mineiro da nova safra, César Lacerda. O resultado nem poderia ser diferente: excelente! Mostrando que está antenada, convidou também Marilia Mendonça, a rainha da sofreguidão sertaneja, resultando numa boa parceria na canção “Cuidando de Longe”. Das cantoras da geração de Gal ela é a que mais segue firme na estrada. Continua se reciclando com novidades, lançando discos e fazendo shows periódicos. VIVA GAL!

POBREZA – Toda vez que a economia vai mal sempre os pobres são os primeiros a serem atingidos. Olha só uma das consequências danosas que a recessão causada por Dilmanta fez: o aumento da pobreza. Em 2014 havia 17 milhões de pobres; em 2017 aumentou para 23,3 milhões que tentam sobreviver com uma renda mensal de 233 reais, 7,76 reais por dia. Esses dados foram calculados pelo economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, e um dos grandes estudiosos do país em temas sociais. O crescimento do desemprego e sua persistência e a queda da renda são os principais fatores para a explosão na quantidade de tanta gente pobre. Essa crise que parece não ter fim vai tragando os menos favorecidos para a estupidez da pobreza. Todo o auê de que tiraram milhões da pobreza em anos anteriores, nesses 3 anos devolveram 6,3 milhões de volta para onde eles vieram, tudo por conta das trapalhadas governamentais que tiraram o Brasil dos trilhos. Ainda bem que os mineiros mandaram Dilmanta passear. Vá vender sorvete na rua. Chega de incompetência!!!

VAI SUMIR – Sabe-se que a automação vai acabar com várias profissões e postos de trabalho. Algumas profissões que começam a sumir: trabalhadores qualificados – mecânicos, soldadores, operários de manufatura e construção; trabalhadores não qualificados que engloba de zeladores a empregados domésticos. Até 2030, 50% deles estarão desempregados. Turma do escritório, vai ter muita gente sendo substituídos por assessores virtuais de Inteligência Artificial. Técnicos e profissionais de nível médio, como enfermagem, programação, estima-se que 30% deverão sumir do mapa. Robôs e algoritmos ficarão em seus lugares. Condutores, entre eles, pilotos de barco, maquinistas, motoristas e especialistas de operação, montagem e condução, incluindo meios de transportes, 64% dessas tarefas serão feitas por robôs. Pois é… A turma que está nesse balaio é bom ir se atualizando, fazer cursos e se especializando em novas funções, se não vai bater lata por aí.

VELHINHOS – Fodonélio e Merdiléa, velhinhos, estão se ajeitando para dormir. Merdiléa fala com ele. – Lembra quando éramos jovens e você segurava minha mão? Ele estica o braço e segura a mão dela. Merdiléa, não se dá por satisfeita – Você também costumava ficar pertinho de mim. Hesitante e resmungando vira o corpo com dificuldade e se aconchega na mulher. Ela continua – Você costumava mordiscar minha orelha também, lembra? Ele bufa, hesita de novo, dá um longo suspiro, joga a coberta do lado e sai da cama devagar. Merdiléa se sente ofendida e grita – Aonde você vai? – Buscar a dentadura, véia chata!