Café Minuto- Dificultou

 

Dificultou…
Mas não acabou a tal da00ordinária que alguns detentos tem em datas festivas, como Natal, Páscoa, Dia dos Pais, das Mães… O deputado Alberto Fraga (DEM – DF) foi fundo e apresentou projeto para acabar de vez com essa moleza. Seus colegas não concordaram. Será receio de irem em cana e perderem essa boquinha? Então deram uma marretada na saidinha atual. Antes é bom saber qual é objetivo dessa regalia ao preso de “bom comportamento”: “É visto como contribuição para seu retorno ao convívio social. Podem visitar a família, amigos, estudar (estudar? O que?), realizar atividades que contribuam para seu retorno à sociedade”. Posto isto, vamos às mudanças nesse benefício: a saída temporária era de sete dias, agora são quatro; Eram cinco datas por ano em que podiam “passear” fora das grades, agora somente duas; presos reicindentes tem de ter cumprindo metade da pena e não mais ¼ ;condenados por crimes hediondos também vão se ferrar, se forem primários terão de cumprir 2/5 da pena, se forem reincidentes, 3/5; quem cometer crimes durante a saidinha, terá um agravante de sua pena. Agora o projeto vai ser votado no Senado. Se for alterado, volta para a Câmara. O ideal era acabar de vez com essa moleza, mas…. é o que temos!

Mistério
Apesar do avanço tecnológico, do progresso em várias áreas, ainda persistem mistérios que o homem não decifrou. Um exemplo? No início do século XX, um mercador polonês de livros antigos, o Sr. Wild Woynich, descobriu com jesuítas um manuscrito estranho, que ganhou seu nome, e o adquiriu. A datação do carbono 14 confirma que o manuscrito é do século 15, entre ao anos de 1404 e 1438. E daí? Daí que o conteúdo e o significado de suas 252 páginas até hoje são um enigma que não foram decifrados. Montes de especialistas se debruçaram sobre ele, até a CIA e a Nasa, mas  o máximo a que todos chegaram foi ao óbvio: a constatação de que está escrito em algum idioma ou código impossível de traduzir. O manuscrito contém imagens de plantas e nenhuma foi identificada. Mais um mistério. O original está na biblioteca da Universidade de Yale, que escolheu uma editora espanhola especializada, dentre outras, para editar 898 cópias, quase todas já vendidas. Ainda restam algumas. E aí? Terá uma raridade e ainda um bom passatempo tentando decifrar.

 

Rapidinhas
Meu avô me contou que quando viu o Titanic, avisou todas as pessoas que o navio ia afundar, mas o ignoraram. Ele avisou novamente e que muitos morreriam. Mandaram ele calar a boca. Voltou a avisar diversas vezes, até que o expulsaram do cinema. ### Aécio estava vendo o Jornal Nacional que mostrava a prisão em flagrante de um dentista acusado de tráfico de drogas. Aécio comenta com seu assessor: “Veja só, a gente não conhece mesmo as pessoas! Sou cliente dele há anos e nunca imaginei que fosse dentista.” ### Juiz pergunta a prostituta: “Quando vc percebeu que a estruparam?” Ela responde, enxugando as lágrimas; “Quando o cheque voltou”.

Virou História
 Naquela noite de 21 de outubro de 1967 eu estava grudado na TV Invictus, 21 polegadas, preto e branco, parecida com um caixote, vendo o 3º. Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, transmitido diretamente do Teatro Paramount, (hoje Teatro Renault) na Av. Brigan Antonio Luiz Adeiro, desculpe, Brigadeiro Luis Antonio. Torcia para a canção de Chico Buarque, Roda Viva, mas a vencedora foi Ponteio, de Edú Lobo, que me agradou também. Outras fortes concorrentes foram Alegria Alegria, de Caetano e Domingo no Parque de Gilberto Gil, ambos utilizando a guitarra em suas músicas, um pecado, na época. Esse festival entrou para a história da música brasileira. Foi uma revolução. A guitarra na MPB, a consolidação do quarteto de ouro daquela geração: Edú, Chico, Caetano e Gil. E Sérgio Ricardo quebrando o violão e jogando na plateia, depois de uma baita vaia quando apresentava sua música, Beto Bom de Bola. A partir daí nossa música nunca mais foi a mesma. 50 anos se passaram. Caramba! Eu presenciei essa história.

É Novidade?
A CGU ( Controladoria Geral da União) e o Ministério da Transparência descobriram “mais um” superfaturamento de 108 milhões de Reais na Ferrovia Norte-Sul. Isso é notícia que se apresente? Por acaso é novidade alguma obra pública nesse país não ter superfaturamento? Com início de construção em 1987, a Norte-Sul é um novelão. Começa pelo nome errado, o certo seria Norte-Centro Oeste, foi paralisada várias vezes pelos mais diversos motivos: superfaturamentos; falta de pagamento às empreiteiras; suspensão da Justiça; troca de empreiteira; falta de verba… Depois de 30 anos a ferrovia que liga Imperatriz, no Maranhão, a Anápolis, em Goiás, funciona a meia boca. Um dos motivos: faltam estradas para ligar as cidades à ferrovia. Faltou também planejamento, vergonha na cara… mas não faltou o assalto ao nosso bolso. E para continuar esse assalto, está sendo construido mais um trecho, entre Anápolis e Santa Fé do Sul (SP) que óbvio terá também superfaturamento. Mas, ao menos, agora fará jus ao nome: Ferrovia Norte-Sul.

Tradução Digital
Imagina a cena: você conversando com um chinês, cada qual falando sua língua e se entendendo. Detalhe: nenhum dos dois conhece o idioma do outro. Maravilha, coisa de ficção. Mas, não! Já existem uma dezena de dispositivos à venda que realizam esse milagre. São fones com software que traduzem idiomas diretamente no ouvido dos interlocutores, graças a tecnologia digital. O funcionamento é simples. Exemplo: fala-se  em russo, o áudio é captado e o traduz imediatamente para o português. O Google lançou o mais novo fone de ouvido, o Pixel Buds,  já venda, que traduz instantaneamente mais de 40 idiomas. O aparelho surgiu devido ao avanço da inteligencia artificial (IA) e usa o algoritmo do Google. Os japoneses entraram nessa também. Já está à venda o ILI, cujo diferencial é funcionar mesmo sem conexão com a web, no entanto, traduz apenas expressões comuns a turistas, em quatro idiomas. Não se falou de preço, mas essas geringonças digitais não deve ser baratinhas.

Atraso
Tem coisas que atrapalham o Brasil porque, muitas vezes, vai-se na contramão do que é aplicado lá fora com bons resultados. Quer uma delas? A educação. Há décadas que levamos uma rasteira de países que adotaram um ensino diferenciado, atual, com ótimos resultados. Somente agora é que timidamente estamos dando alguns passos na direção certa. Uma demonstração de mentes obtusas foi dado recentemente, com a aprovação na Comissão Especial da Câmara, de proposta que garante o direito à vida. Até aí… tá chovendo no molhado, é claro que todos tem esse direito. A história é outra. Veja as duas palavras que aponta o disparate: “… direito à vida “desde a concepção”, o que significa que o aborto está proibido em quaisquer casos, inclusive aqueles previstos na Constituição, estupro e perigo de vida à mãe. De cara, caso essa aberração seja aprovada, vai dar errado: vai contra a Carta Magna. E sabem porque transformar esse atraso em lei. Picuinha! Em 2016, o STF considerou que a interrupção da gravidez até o 3º. mês de gestação não configura crime. A Câmara se sentiu ultrajada porque o STF decidiu um assunto que é de sua competência e aí veio com essa bobagem apoiada em peso pela bancada… adivinha de quem?

         

Arte Eterna
Dentre as várias facetas da atividade humana, a que sempre chamou minha atenção é arte. Seja na música, na literatura, na pintura, escutura, quando é bem realizada, ela é eterna. Ouça a 9ª. sinfonia de Bethovem; leia D. Quixote, de Cervantes; aprecie um quadro de Rembrant; uma escultura de Rodin… Há quanto tempo foram realizadas? E estão aí, para todo o sempre. Porque estou dizendo isso, uma coisa tão banal? Pois é, por ser banal, a gente não para e pensa sobre esse legado que cabeças brilhantes deixaram para a humanidade. Esse constatação me veio ao pensamento, assim, sem querer, logo após eu terminar de ler dois contos de Henry James, escritor americano, radicado em Londres, que adotou a cidadenia inglesa:  “A Outra Volta do Parafuso” e “Lady Barberina”, escritos no final do século XIX. Não fosse pelos detalhes da vida daqueles tempos, quem não conhece James, poderia achar que foram escritas hoje. Aí está eternização de uma obra. Ela pode ser apreciada a qualquer hora, a qualquer tempo, a qualquer ano… e sempre trará… emoção e encantamento. Leia um livro, ouça um clássico, aprecie um quadro, uma escultura e veja se não tenho razão.