Café Minuto – Continua mal

BOLSO OU POSTE? – Meus amigos, o próximo Café deverá ser enviado após o 1º. Turno, e aí é que veremos a confirmação o que as pesquisas indicam: Bolso e Poste no 2º. Turno e a disputa mais uma vez polarizada entre seguidores do moluscopetismo e dos antimolutismo. Ainda segundo as pesquisas, se é que podemos confiar nelas, Bolso perde ou empata com os outros candidatos, caso por ventura chegarem ao 2º. Turno. Esse quadro mostra que a rejeição alta, 45%. a Bolso poderá ser fatal a ele. Muito provavelmente eleitores de Ciro e Marina votarão em Haddad Lulagosta. E eleitores de outros candidatos também. A pergunta é: E os eleitores de Alkmin? Vão de Bolso cheio ou vão esvaziar o Bolso? Se encherem o Bolso, ele terá chances melhores de faturar, porém, mesmo assim não é garantia de ser eleito. E aí meu amigo, o que prefere? Arriscar a surpresa do desconhecido ou ficar com a tragédia do conhecido?

CONSELHO – Antes de Molusco ser impedido definitivamente de ser candidato, Benedito e Feitosa, seus velhos amigos do tempo em que ele fingia ser metalúrgico, se reuniram com Molusco em sua sala reservada na PF de Curitiba. Aconselham-no a desistir da candidatura e efetivar de vez Haddad como candidato, que com seu apoio iria crescer nas pesquisas. Mas teimoso e egocêntrico ele insistiu até não ter mais jeito. Só aí é que Haddad virou candidato oficial PeTralhence. Bastou isso e Dito e Feito, Haddad disparou nas pesquisas. Benedito e Feitosa estavam certos. A primeira providencia de Haddad foi ir ai cartório e alterar seu nome: Fernando Haddad Lula da Silva. Ficou tão empolgado que esqueceu que precisa de autorização de juiz. Mesmo assim já está usando seu nome amoluscado.

POLARIZAÇÃO – A esquerda surgiu com revolução bolchevique, em 1917. Desde então se espalhou pelo mundo com seguidores que compraram a ideia de que socialismo era a redenção da classe trabalhadora e da consequente igualdade social. Bem… Sabe-se que não foi bem assim, mas tem muuuita gente que ainda acredita nisso. E a esquerda continua aí, firme pelo mundo afora. No Brasil não foi e não é diferente e assim será enquanto tivermos liberdade de pensamento. Infelizmente porém, na última década e meia, os ânimos se acirraram entre direita e esquerda.  Criou-se um ódio entre as ideologias, gerando uma polarização que se acentua nas eleições presidenciáveis. Sempre acompanhei política e não lembro de haver tanto ódio nos dois lados opostos. Eu tive amigos esquerdistas, tive até um tio fã da antiga União Soviética. Era um cara legal e a família, de direita, convivia normalmente com ele, inclusive trocando ideias. Meu tio dizia a meu pai que ia me transformar em “comunista”, e meu pai debochava. Mas bem que ele que ele tentou. Bem, eu achei que nessa eleição os ânimos poderiam se acalmar. Qual o quê! O “nós e eles” continua e a temperatura vai subir mais ainda no 2º. Turno.

NO RESTAURANTE – Casal completando cinco anos de casamento vai a um restaurante francês carésimo para comemorar. Na hora da conta um susto: 600 reais. – Garçom, não comemos couvert, diz o marido. – Estava aí, não comeu porque não quis, diz o garçom. – E a champanhe? Nem chegamos perto. – Estava aí, não tomou porque não quis. E essa sobremesa que eu nem sei pronunciar o nome? Nem toquei. – Não comeu porque não quis, diz mais uma vez o garçom em tom de ironia. – Está bem, responde o marido. Pago os 600 e desconto 500 por você ter transado com minha mulher. Aqui está 100 reais. – O senhor está louco?! Eu nem olhei para sua mulher! – Estava aí, não transou porque não quis.

GRIPE – Estrôncio chega em casa e encontra no quarto, sua mulher, Neumetéia, nua com um homem dormindo ao seu lado. Furioso, sacode a mulher e grita – quem é esse FDP dos infernos, pelado, dormindo em minha cama? Neumetéia calmamente responde – Esse FDP é o cara que paga a prestação do apê, o condomínio, a luz, o supermercado, o carro… e ainda lhe dá dinheiro pra você beber com amigos no happy das sextas. – Ah é! Então cobre o coitado pra ele não pegar uma gripe.

CONTINUA MAL – A infraestrutura no Brasil continua de mal a pior. Mais de 60% do transporte continua sendo feito por caminhões em estradas esburacadas. 21% são transportados pelas ferrovias, 30 mil quilômetros para transportar apenas minério de ferro, 80% do total, combustíveis e grãos, 20% restantes. Porque só os três? Quanta coisa poderia utilizar os trens! Vários sinais aparecem ao longo das décadas de que a coisa vai mal e nada acontece. As medidas tomadas são paliativas e emergências. Nos anos 70/80 investia-se 5,5% do PIB, hoje… prepare-se para rir: 1,4%. Piada não é? Esse valor não dá para construir uma estradinha de terra, que dirá para grandes obras. Serve apenas para remendar o que está ruim para não piorar. Esse é um problema que só será resolvido com uma profunda reforma na estrutura do país, uma reforma que envolve mudanças na Constituição, entre outras. Hoje quase 90% do orçamento federal é engessado por obrigações constitucionais. Sobram 10% para o governo investir em prioridades necessárias para o país não parar. Porém são reformas complicadas, mexe com interesses políticos, judiciais… Será possível? Sei não… Acho que só quando a galinha voar…

SAUDÁVEL – A ciência já sabe que a má alimentação contribui para o surgimento de doenças que podem até a levar a morte. Por isso já  se empenha e utilizar a tecnologia para desenvolver alimentos saudáveis, acessíveis e extremamente nutritivos. Olha o que nos aguarda: impressoras de comida em 3D que cozinham e imprimem alimentos em vários formatos com cores, sabores e texturas, utilizando ingredientes em pó e em pastas de extratos. Também podem utilizar alimentos frescos em cápsulas. Superalimentos enriquecidos com o triplo de nutrientes. Embalagens que prolonguem a validade dos alimentos, não agridam o meio ambiente e que sejam comestíveis. O McDonalds e o Burgues King vão mudar seus hambúrgueres. Serão vegetais, com sabor, cor, cheiro e macios como os de carne. Scanner vão informar as calorias, propriedades nutritivas e tóxicas presente nos alimentos. A partir daí, picanha só vegana!

É MENOS – Sempre se fala que a causa dá má qualidade do ensino no Brasil é a falta de dinheiro. E com isso nosso ensino continua capenga e na rabeira frente a outros países. Mas não é verdade. O Brasil destina 6,1% do PIB em educação, acima da média de 5,6% da OCDE, a organização das nações mais ricas. Levantamento de uma década de gastos na rede pública surpreendeu. Mesmo com crise a econômica, os investimentos entre 2007 e 2016, cresceram, em média, 32% nos Estados e disparou nos municípios: 66%. Significa que a história do quanto mais melhor não funciona. Gasta-se muito e mal porque o sistema brasileiro de ensino é arcaico, ineficiente, não funciona. É jogar dinheiro fora. Um dos problemas: o gasto por aluno do ensino fundamental é dos mais baixos do mundo. Mas… O gasto com estudantes da universidade é dos mais altos. Os caminhos para a melhora do ensino são conhecidos. Os exemplos dos países que estão no topo, como a Finlândia que fez uma revolução no ensino, estão aí. E tudo sem gastar uma montanha de dinheiro. O que funciona aqui são os salários de políticos e magistrados e a corrupção.

BRAZUCA DOS BONS – Raramente comento filmes brasileiros. Porque raramente vejo filmes brasileiros. Confesso que é um pouco de preconceito, lembrança dos tempos que nossos filmes eram ruins demais. Reconheço, no entanto, que hoje melhorou. Sempre tem algum brazuca que vale a pena ver, como “Uma Quase Dupla”, estrelado por Cauã Raymond e Tatá Wernek. A química entre os dois, apesar de improvável funciona bem. Tatá está à vontade na comédia e Cauã, sempre em papéis dramáticos se sai bem. Um assassinato cruel acontece numa pequena cidade do Rio. A polícia local não dispõe de investigador, por isso Tatá, investigadora linha dura do Rio, é enviada para elucidar o crime. Seu parceiro é Cauã, um policial ingênuo, bom rapaz, superprotegido pela mãe(Louise Cardoso) O filme é uma paródia dos policiais mambembes dos ano 80 e assume a sátira com bons resultados. Agrada e diverte com uma boa pipoca. Disponível nas plataformas digitais e em breve em DVD. Vá em frente.

1958 – Um ano que não deveria acabar. Havia uma onde de otimismo no país. Bossa Nova, Cinema Novo, poesia concreta, primeiros carros nacionais, Brasília em construção, nossa primeira conquista do mundial, Pelé e Garrincha… Porém, há poucas lembranças da preparação da seleção brasileira no país para a Copa de 58.  Uma jornalista revirando o baú de seu pai, fotógrafo, descobriu fotos inéditas da fase inicial de treinamentos da seleção  no Brasil, antes da partida para a Suécia. As fotos mostram imagem da estada da seleção em Poços de Caldas, uma das cidades escolhidas para a preparação. Pelé, adolescente com 17 anos e Didi fazendo usando a trave para faze flexão, Mazzola recebendo cuidados de manicure, Moacir, reserva, na cadeira de dentista, são algumas das fotos reunidas no livro “A Seleção Nunca Vista”., a venda nas boas casas do ramo. Dentre os titulares da seleção de 58, apenas Pelé e Zagalo continuam por aqui.

EFEITO NET – O comércio on-line chegou pra ficar. E seu efeito começa a aparecer. Nos EUA grandes lojas de rede e até shoppings estão fechando. Os céticos, dizem que é por causa do excesso de lojas. Meia verdade. De fato há 2,2 metros quadrados de lojas para cada americano, 5 vezes mais que na Europa e 30 vezes mais que no Brasil. Mas as vendas na net é o principal motivo. O efeito on-line começou em 2015 e desde então 500 grandes centros comerciais fecharam as portas. E não para aí, projeções indicam que até 2022, um em cada quatro shoppings serão fechados. Por enquanto o varejo eletrônico corresponde a um terço das vendas nos EUA, mas em 5 anos chegará a 50%. Essa onda não chegou com tanta força na Europa, mas já começou. Aqui, por enquanto rasteja, não passam de 15% as vendas on-line, mas a tendência é aumentar. Há espaço para muito shopping ainda e que vem sendo construídos pelo Brasil afora. Na China, onde tudo é gigante, o comércio “netniano” vem explodindo desde 2005, com um crescimento de 50.000%. Estima-se que até 2022 chegará a 70% do total das vendas. Coitado dos chinas vão se ferrar. Vai faltar emprego. Eu sou conservador. Prefiro ir à loja, ver, tocar, tirar dúvidas com o atendente, tentar um desconto maior… Porém coisitas pequenas e de valor menor, que não é preciso tanto detalhe, basta a foto e um clique no mouse.