Café Minuto – Cargos de Confiança

DEU RUIM – A vacina da Oxford/Astrazeneca, a Covishield, apresentou problemas de produção e distribuição no Brasil e no mundo. Levantamento da USP mostrou que países que optaram por essa vacina estavam com suas vacinações mais devagar do que carro velho. O Ministério da Saúde assinou acordo com a Astrazeneca para produção da Covishield pela Fiocruz, mas os insumos atrasaram e a produção foi pequena. Quem salvou a Pátria amada para o início da vacinação foi o governo de S. Paulo que assinou contrato com a Sinovac, laboratório chinês, para a fabricação da Coronavac pelo Butantan, e eu já tomei as duas doses. E por que deu “pau” a falta da “Covishieldimunizante” pelo mundo? O preço! 17,60 contra 58,20 da Coronavac. Claro, que o mundo todo encomendou a Covishield. Resultado: alta demanda e problemas inesperados em sua distribuição. Sua principal vantagem, o preço, se transformou em problema.  O barato saiu caro. O único país que se deu bem foi o Reino Unido, não por acaso, país da Oxford. Bom, parece que a situação melhorou. A Fiocruz voltou a fazer a Covishield depois de voltar a receber os insumos. Já começou a fazer entregas dessa vacina. No auge da crise chamavam a Astrazeneca de Astraboneca, Astrameleca, Astrapeteca, Astrasapeca. E queriam mudar o nome de Oxford para Oxfiat.

CARGOS DE CONFIANÇA – Ou comissionados são aqueles que dispensam concurso público. São escolhidos pelo governo, algumas vezes por indicação política. Sabe quantos cargos de confiança existem na Inglaterra? 100! E na França? 1.000! E quantos existem nos EUA? Menos de 5.000. Abusados os americanos. Bom, é um país bem maior que os europeus e com uma população maior ainda. Então tá! Justificado. E quantos temos aqui? Está sentado? Se não está então senta. Em dezembro de 2018, fim do governo Temer, havia 32.694. Em 2019, já no governo atual, que prometeu um “corte drástico”, 31.739, redução de 2,9%. Seria melhor não ter prometido nada pra não ficar com cara de bunda. Esse é o último dado disponível. O salário dessa bandalha privilegiada sai de nosso bolso, claro. Esses cargos são usados como moeda de troca de apoio ao governo. Um expediente que não é de hoje. É consequência do nosso sistema de governo, o presidencialismo. Os cargos são ocupados por apadrinhados dos políticos, correligionários, amigos, amigo do amigo, sobrinho do irmão do segurança, filho da Da, Maria que faz o café, primo do garçom que serve o café…. É uma porta aberta a corrupção e a roubalheira. Olha os EUA, 5.000 cargos. Será que precisa de tantos “cargos de confiança”? Claro que precisa. É gente de confiança do deputado, senador, ministro, governador…     

OS MAIS “POBRES” – Pelo quarto ano consecutivo, o “coitado” do Jeff Bezos, dono da Amazon é o mais “pobre do mundo. Seus “centavos” estão estimados em US$ 177 bilhões. Ele ganha US$ 1.638 por segundo, ou 9.378 reais. Com esses “trocados” pode ser dono, não só da Amazon, como  também até ser dono do Amazonas. O 2º. mais “pobre” é o Elon Musk, dono da Tesla, que faz carros elétricos de verdade e não de brinquedo, e dono da Space X que faz foguetes espaciais. Ele tem em no seu “cofrinho” US$ 151 bilhões. Em 3º. Está Bernard Arnault, francês, dono da LVMH, o maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, com 70 empresas. Entre as mais famosas estão: Louis Vuitton, Givenchy, Christian Dior e Fendi. Com as lojinhas que vendem essas e outras “quinquilharias” tem US$ 150 bilhões. Daí em diante temos outros “pobres” conhecidos, como Mark Zuckerberg, dono do Face, o 4º. com 97 bi; Warren Buffett, investidor, 5º. 96 bi; Madame Francoise Bettencourt Meyers, francesa, dona da L’Oreal, 73,6 bi 12º. E Bill Gates? Está entre os 10 primeiros. A lista dos 20 mais “pobres” do mundo não tem nenhum brasileiro Eu estou no 21º. Por 88 centavos a menos que o 20º. não entrei, na lista dos 20 mais. Mas não tenho nada a esconder, possuo 188 reais na poupança. As informações são da Forbes.

O CUNHADO – Um senhor passou mal na rua, caiu e foi levado para a emergência de um hospital particular, da Universidade Católica, o mais próximo, administrado por freiras. O caso era urgente e ele teve que ser operado do coração. A cirurgia foi um êxito. Quando acordou, estava ao seu lado uma freira, responsável pelo setor financeiro do hospital. – Caro senhor, sua operação foi bem sucedida e o senhor está salvo. No entanto há um assunto que precisa de sua atenção: como o senhor pretende pagar o hospital? E a cobrança começou. – O senhor tem seguro saúde? – Não Irmã. – Tem cartão de crédito? – Não Irma. – Pode pagar em dinheiro? – Não tenho dinheiro Irmã. A Irmã começou a suar frio, antevendo perder o recebimento pela operação. Mas continuou. – Com cheque o senhor pode pagar? – Também não Irmã. Não tenho conta em banco. A Irmã já estava a beira de um ataque. Bem, o senhor tem algum parente que possa pagar? – Ah… Irmã!! Eu tenho somente uma irmã, solteirona, que é freira também. Não sei se ela pode pagar, acho que não. – Desculpe senhor, mas as freiras não são solteironas, elas são casadas com Deus. – Ótimo! Então, por favor, mande a conta pro meu cunhado!!! Assim nasceu a expressão “Deus lhe pague”.

CANDICE BERGEN – É a estrela do Cinema no Sofá. Eu e o mundo éramos fã de Candice, a mais bela atriz do cinema, de cansar a boca de tanto ficar aberta de tanta beleza. Todo filme dela eu ia ver. E eram bons. O filme do Sofá é o Mundo dos Aventureiros, de 1970, com um diferencial: foi o único filme que Tom Jobim fez a trilha sonora. Provavelmente por causa de Candice que era sua musa. Antes, em 1964, Tom se inspirou em Candice e fez uma música para ela muito bonita, chamada “Bonita”. Diziam que eles tiveram um caso, mas… Ela namorou um brasileiro, Tarso de Castro, jornalista, um dos fundadores e colunista do Pasquim. Morreu cedo, mas felizardo depois desse namoro. Candice também fez um filme em 2003, Altos Voos, dirigido por um brasileiro, Bruno Barreto. O Mundo dos Aventureiros: Um menino, após uma infância traumática transforma-se num famoso playboy. Ele decide viajar para um pequeno país, na América do Sul, onde seu pai morreu assassinado. Lá descobre que o presidente, antigo amigo de seu pai, colocado no poder por intermédio dele, foi o responsável por sua morte. Decidido a organizar uma verdadeira revolução, descobre pelos piores meios que as coisas não são tão simples assim. Elenco: Candice Bergen, Ernest Borguine, Olivia de Havilland, Charles Asnavour.  Muita aventura e ação. Sem pipoca! 

O OUTRO LADO – Uma aulinha de matemática para ver o outro lado da pandemia. Calma! Sem pânico. As contas já foram feitas. Ufa! O Brasil tem 209,5 milhões de habitantes. Até 10 de abril morreram 52.693 pessoas de Covid 19. X = 352.693×100/209,5 milhões = 0,17% é a porcentagem de mortos em relação a população total. O coronavírus matou menos de 0,2%. Dos 209,5 milhões de brasileiros, 13.493.317 pessoas foram infectadas, o que representa 6,4% da população. Desses infectados, 11.753.447 se recuperaram, 87% do total. Em contrapartida há mais de 13 milhões de pessoas economicamente ativas desempregadas, representando 13,9% do total de trabalhadores. Muitos sem ter o que comer, acumulando dívidas, sem poder trabalhar, contra 0,17% de óbitos da Covid 19. Façamos outra conta: 352.693 mortos dividido por 386 dias correspondentes ao tempo de duração da pandemia = 914 óbitos por dia. Dividindo 914 por 27 Estados, incluindo o Distrito Federal = 34 óbitos diários. O Brasil tem 5.568 municípios. Considerando que cada uma das mortes, das 914 diárias, ocorresse em um município diferente, concluímos que em 4.654 não foi registrado nenhuma. Baseado nesses números vem a pergunta: Justifica travar a economia, cercear o direito constitucional de ir e vir, do trabalho, do lazer, da educação e da dignidade humana? O interesse público está acima do direito individual, mas consultaram a população sobre lockdown, restrição ao trabalho, ao direito de ir e vir, isolamento horizontal? O que você acha? É para refletir. Fonte RCR – Rede Católica de Rádio.        

ANOSOGNOSIA – Sabe o que é esse palavrão aí? A… há! Te peguei. Se você é sessentão, tem anosognosia. Não se preocupe. Não é nada grave. É comum para quem tem 60 anos ou mais. Tá bom. Então chega de enrolar e diz logo o que é. Ok! Não precisa ficar bravo. Anosognosia é o esquecimento temporário ou momentâneo, em pessoas a partir de 60 anos. O professor francês Bruno Dubois comenta o assunto de modo tranquilizador. Pra começar não tem nada a ver com Alzheimer. Se alguém está ciente de seus esquecimentos, não tem Alzheimer. É comum os sessentões esquecer os nomes de famílias, de pessoas, chegar no quarto e não lembrar o que foi fazer lá, esquecer onde deixou ou guardou alguma coisa, não lembrar o nome do filme, ou do ator/atriz… Acontece muitas vezes e as pessoas reclamam que não tem memória. Isso é a Anosognosia. As pessoas se preocupam com esses esquecimentos. Não esquenta, é normal. “Aqueles que estão conscientes de serem esquecidos não tem nenhum problema de memória”. “Aqueles que sofrem de falta de memória ou Alzheimer não tem consciência do que está acontecendo”. “Quanto mais nos queixamos de perda de memória, menor a probabilidade de sofrer de doença de memória, o terrível Alzheimer. Tem Anosognosia? Viva!!!   

GRANDE McCARTNEY – Com 78 anos, Paul McCartney, meu ídolo, continua na estrada com pique total de garotão. Ele lançou recentemente seu 25º. álbum “McCartney III Imagined”. É uma nova versão do “McCartney III”, que ele compôs e gravou sozinho, em 2020, em seu estúdio durante o período de isolamento do coronavírus e que liberou para seus fãs. Este novo álbum traz as canções do álbum de 2020, com um diferencial, foram refeitas por artistas que Paul admira, como Beck, St. Vincent, Blood Orange, Phoebe Bridgers e Anderson.Paak. Alguns dos convidados optaram por fazer covers das canções, outros remixes e alguns sortudos puderam cantar músicas com Paul. Paul fez um show, dia 21 no Recife e no dia 25, domingo, fará um show em Floripa, no estádio Ressacada. É a 88º. ez que Paul vem ao Brasil. Ele gravou uma música de Ringo, em dueto com ele, Here’s Tu The Nights, que faz parte do último EP de Ringo, lançado em março. Paul é desses caras que só vai parar quando deixar de viver. Vida longa pra você Paul. E para Ringo também.    

CIDADE DO FUTURO – Sauditas querem fazer uma cidade sem carros, linear e robotizada. Isso é fácil. Faz-se uma cidade plana e dá bikes para robôs. O príncipe saudita Mohammed bin Salman anunciou em um evento de pompa The Line, a cidade do futuro. É um projeto bancado por uma das famílias mais trilhardárias do mundo: US$ 100 bilhões. The Line não terá carros nem emissão de carbono. Energia renovável, com troca de pilhas, providenciará o funcionamento de toda a rede de transporte – bikes elétricas – que será subterrânea. Vai ser difícil desapropriar os tatus. Inteligência artificial por meio de modelagem de dados, acompanhará a rotina dos cidadãos modelando dados em barro para aprimorar sua qualidade de vida. The Line projetada para ter um milhão de habitantes ao longo de uma linha de 170 quilômetros, daí o nome The Line, linear, vai gerar 380 mil empregos. E os outros 620 mil? Prevista para as obras começarem neste semestre, The Line integra um projeto maior e mais estrambótico, o Neon, uma cidade-Estado. Um projeto que visa diminuir a dependência da Arábia do petróleo. Será uma zona econômica especial, às margens do Mar Vermelho, que vem desbotando ultimamente. Seu custo estimado é de “apenas” meio trilhão de dólares. Pretende atrair as maiores empresas e cabeças do mundo, pagar altos salários, ser um polo de tecnologia, turismo e ostentação. Será um imenso laboratório de novas ideias, zona livre com leis próprias. Porém, há problemas. Na Arábia Saudita bebidas alcóolicas são proibidas. Não dá para atrair empresas, cabeças pensantes, sem ter uma cervejinha gelada. No mínimo!