Agricultor substitui Cloreto de Potássio importado por fertilizante sustentável brasileiro

A guerra entre Rússia e Ucrânia fez os custos dos fertilizantes dispararem no mercado internacional e assustou agricultores brasileiros, altamente dependentes do Cloreto de Potássio (KCL) produzido na Rússia, Bielorrúsia e Canadá. Esse cenário fez o agricultor Lucas Stracci buscar alternativas nacionais e altamente tecnológicas para o manejo da Fazenda Ana Terra, em São Desidério, na Bahia.  

“Não queríamos mais tanta dependência pelo KCL importado, e vi que havia no Brasil um produto superior que oferecia ganhos para a lavoura e não impactava negativamente o solo”, conta Stracci.   

Lucas Stracci, responsável técnico na Fazenda Ana Terra, em São Desiderio, na Bahia – Foto: Divulgação

O agricultor cultiva soja e milho, além de pecuária, em 3,5 mil hectares. Ao escolher o fertilizante produzido em Minas Gerais, pela empresa de tecnologia agrícola Verde Agritech, Stracci afirma ter conseguido uma redução de 12% nos custos de produção. 

“Os produtos tecnológicos são aliados da agricultura nos dias atuais, e poder contar com um fertilizante multinutriente, incluindo o enxofre elementar, como o BAKS®, fez toda a diferença”, afirma Stracci, que comanda o grupo que tem quase 40 anos de experiência agropecuária. 

Desenvolvido a partir de tecnologias proprietárias, o fertilizante BAKS® pode ser personalizado de acordo com a necessidade de cada lavoura. Ele pode combinar nutrientes como potássio, nitrogênio, fósforo, enxofre elementar, boro, cobre, zinco e manganês. Os fertilizantes da Verde Agritech já contribuíram para a produção de alimentos em mais de 1,4 milhão de hectares, sendo recomendado para mais de 30 culturas diferentes. 

“Além da qualidade do produto, um diferencial foi a entrega em Big Bag, facilitando o armazenamento na fazenda. Como o volume é grande, à granel não ficaria interessante porque teria que deixar no campo”, destaca Lucas. 

Para facilitar a logística de entrega do fertilizante produzido em Minas Gerais, a Verde Agritech conseguiu autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para construir um ramal ferroviário. O projeto prevê interligar as fábricas da empresa, em São Gotardo e Matutina, até a cidade de Ibiá, no Triângulo Mineiro. Por meio da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), será possível transportar o fertilizante para as principais regiões agrícolas do país, reduzindo a pegada de carbono da empresa e dos agricultores. 

Captura de carbono 

Um estudo recente, realizado por um dos mais importantes especialistas em solos da Europa comprovou que cada tonelada do fertilizante K Forte®, fonte de potássio para o Baks, pode capturar até 120 quilos de CO2 da atmosfera, gás causador do efeito estufa. Os créditos gerados por esta captura já estão sendo negociados pela Verde Agritech. 

“Além de revolucionar o manejo do solo, com ganhos de qualidade biológica que levam a melhor produtividade, nosso fertilizante também torna a operação mais sustentável, com captura de carbono”, reforça Cristiano Veloso, fundador e CEO da Verde Agritech. 

Microrganismos  

A Verde Agritech também produz atualmente o K Forte® e Mondé. O K Forte® foi o primeiro fertilizante aditivado com microrganismos no mundo, tendo recebido, com autorização do Ministério da Agricultura, o ‘Bacillus aryabhattai’, microrganismo que os agricultores já conhecem por seus benefícios à lavoura. Este avanço foi possível por causa da tecnologia Bio Revolution, desenvolvida a partir de pesquisas feitas pela Verde Agritech em parceria com universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Mato Grosso (MT) e de São Carlos (Ufscar). 

Já o Mondé conta com 25% de silício, com granulometria ultrafina. Também através de tecnologias exclusivas ele permite a aplicação mais uniforme, garantindo a disponibilidade do nutriente para todas as plantas.