
No excelente filme dinamarquês “Druk – Mais uma Rodada”(Druk em tradução livre do Dinamarquês significa bebedeira), o professor de história Martin(na interpretação soberba do não menos excelente ator Mads Mikkelsen), depois do personagem ter ingerido 0,05 miligramas de bebida alcoólica anuncia à classe de alunos do colegial que todos precisariam se submeter a um pequeno teste.
Então dirigindo-se à aluna Josephine diz: – “Há uma eleição e temos três candidatos. Está acompanhando? – Sim responde a aluna. – Certo. O primeiro, teve paralisia parcial devido à pólio. Tem pressão alta, sofre de anemia, tem uma série de doenças graves. Ele sempre mente quando lhe convém. Pede conselhos a um astrólogo sobre política. Mulherengo, é um fumante inveterado e bebe muitos martinis. O próximo de número dois, está acima do peso e já perdeu três eleições. Teve depressão e dois ataques cardíacos. É um cabeça-dura, impossível de se trabalhar. Fuma um cigarro atrás do outro e toda a noite ele manda incríveis quantidades de champanhe, conhaque, vinho do porto, uísque e logo antes de se deitar toma duas pílulas para dormir.
O último de número três, é um herói de guerra altamente condecorado. Trata as mulheres com respeito, adora os animais, nunca fumou e bebe apenas uma cerveja de vez em quando. E, então Josephine, em quem você vota? – No último, o de número três. – E vocês o que me dizem? – Número três(todos responderam). – Nossa! Bom. Vocês acabaram de descartar Franklin D. Roosevelt e Winston Churchil. Em troca escolheram, graças à Deus por isso… este aqui(mostrando para espanto, surpresa e exclamação de todos, um cartaz com a foto de ….). e acrescentou – Isso é divertido, mas uma questão aqui que é importante e que espero que entendam um dia.
O mundo nunca é como se espera!” Antes de dizer o nome da figura no cartaz, é de se perguntar. E você teria acompanhado aqueles alunos do colegial? Provavelmente sim, por ser o mais lógico e seguramente o menos reprovável. Mas, esse fato faz lembrar daquele cara legal na juventude que dançava bem, era bonito, alegre, festivo e, por isso, talvez só por isso, era o mais cobiçado e o que mais despertava a paixão das meninas.
Os outros da turma não tinham esses predicados, mas tinham outros que não despertavam a atenção das mocinhas, tanto é que eles se tornaram brilhantes e bem sucedidos profissionais liberais, empresários, etc e, sabe aquele “bonitinho”? Bem, ele se casou com uma não tão bonitinha, mas de alguma posse. Não virou nada na vida, a não ser se tornar um “profissão marido” da esposa professora ou empresária e, ainda por cima, um perdulário. Essa mesma ilusão de ótica fez com aqueles colegiais escolhessem o número três, cuja figura era nada mais, nada menos é do que a do execrável e abominável Hitler. Qualquer semelhança, pode não ser mera coincidência. Moral da história – as aparências enganam!!!
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