Um dos principais fenômenos astronômicos de Julho é a passagem do cometa 13P/Olbers, que é visível da Terra a cada 69 anos. Seu brilho máximo será alcançado neste sábado (6). Descoberto em março de 1815 por Heinrich Wilhelm Matthias Olbers, o cometa 13P/Olbers é considerado um “tipo Halley”, ou seja, é de curto período. Possui, portanto, um período orbital entre 20 e 200 anos, diferente dos de longa duração, que podem demorar milhares de anos para completar a órbita.
Para homenageá-lo, publicamos a imagem “Cometa”, de Cid Freitas, realizada com técnica espatulada de esmalte sobre cobre (30 x 40 cm). Ela apresenta um fundo dividido entre as cores amarela e laranja. Ao centro, surge a esfera, cujos raios se espalham sobre as áreas pintadas.
O título remete aos célebres corpos do Sistema Solar que, ao se aproximarem do Sol, exibem uma atmosfera difusa e, em alguns casos, uma cauda luminosa, que pode atingir milhares de quilômetros de extensão, gerando imagens que fascinam pela beleza. O efeito da radiação e dos ventos solares sobre o núcleo do cometa é que causa a sua progressiva degradação, da qual não há volta possível.
Oscar D’Ambrosio
@oscardambrosioinsta
Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista, crítico de arte e curador.