A arte enquanto plataforma para discutir questões relacionadas à diversidade sexual e de gênero, além de raça e etnia. Essa é a tônica do Pajubá Festival, evento totalmente virtual e gratuito que a Cia. Ir e Vir, de São José do Rio Preto (SP), inicia nesta quarta-feira (7/04). A programação é voltada a toda a comunidade e busca fortalecer o trabalho artístico-cultural de pessoas LGBTQIA+, negras e indígenas.
Artistas da cena local e de outras localidades do Estado de São Paulo apresentam performances, shows musicais, produções audiovisuais e obras literárias. A programação também conta com bate-papos que irão propor reflexões sobre temas pertinentes na sociedade brasileira em tempos de pandemia e avanço do conservadorismo, buscando contribuir para o combate a práticas discriminatórias.
Conhecido como o dialeto LGBTQIA+, o pajubá (ou bajubá) tem origem na fusão de termos da língua portuguesa com termos extraídos dos grupos étnico-linguísticos nagô e ioruba, que chegaram ao Brasil com os africanos escravizados originários da África Ocidental e reproduzidos nas práticas de religiões afro-brasileiras. Para o diretor, dramaturgo e ator da Cia. Ir e Vir, Tiago Mariusso, coordenador do Pajubá Festival, o nome do evento é um reconhecimento à origem dessa homogeneidade da cultura brasileira, ao mesmo tempo em que instiga a curiosidade do público na busca por nossas raízes. “A arte LGBTQIA+ foi e é pulsante. Seus fazedores se encontram em todo segmento artístico e intelectual, seja no teatro, na dança, na música ou nas artes plásticas, bem como nas casas noturnas, com seus performers e a variada reverberação da arte drag queen”, acrescenta.
A programação, que seguirá até o próximo domingo (11/04), no canal do YouTube e Facebook da Cia. Ir e Vir, está dividida em três ações distintas: Mostra Artística, Encontros Virtuais de Ideias e Atividades Formativas.
A Mostra Artística envolve três formatos. Em Performances Artivistas, o festival traz trabalhos performativos que evidenciam o discurso do ativismo LGBTQIA+. Na Mostra Pop, apresentações de segmentos diversos, como a música e as artes integradas. No formato Drama Queer, acontece uma série de bate-papos, mediados pelo crítico teatral Rodolfo Kfouri, com autores de obras que dialogam com a diversidade sexual e de gênero, entre textos teatrais, roteiro de curta-metragem e artbooks. As obras poderão ser conferidas pelo público no Facebook da Cia. Ir e Vir no dia do bate-papo com seus respectivos autores.
Os Encontros Virtuais de Ideias serão compostos por cinco bate-papos com convidados, entre pensadores, ativistas, profissionais da área da saúde e de organizações sociais, levantando provocações a toda comunidade. Entre os temas abordados estão saúde mental de transsexuais e travestis; lésbicas negras no movimento LGBTQIA+, e pessoas LGBTQIA+ em situação de rua. A mediação é de Alexandre Felipe, psicólogo e membro do Núcleo da Diversidade Sexual e do Núcleo das Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia (subsede de São José do Rio Preto), e de Gaia do Brasil, artista plástica, maquiadora, professora de dança contemporânea e drag queen.
Abertura
A abertura do Pajubá Festival, nesta quarta (7/04), às 17h30, será marcada por um show virtual com intervenções de drag queens de diferentes gerações da cidade: Brendda Shinne, Gaia do Brasil, Heticera Queen, Jessie Jhay, Joanna Blac, Margoth killer, Muriel, Nally Picumã, Paola Guchardo e Wilma, e participação especial do power trio Psicorange, de São José do Rio Preto.
O primeiro dia do Pajubá Festival ainda será marcado pelo show virtual do duo Ctrl+N, de São Paulo, formado pelos artistas Haroldo França e Nigel Anderson, donos de canções como “Eu Prefiro” e “Afeminada”, cujos clipes são sucesso no Youtube.
Para o evento, a dupla idealizou uma live, que foi gravada no Antiquário Café, e pensou versões novas do seu repertório para o público. “Como estamos sem muitas oportunidades de apresentação ao vivo por conta da pandemia, pensar um show cheio de novidades para o festival é uma oportunidade de mostrar para onde nosso fazer artístico está caminhando ao público”, afirma Haroldo. Para a apresentação, o músico e parceiro do duo, Lucas Ronsani, foi convidado.
Websérie
Uma das produções que marcam a programação do Pajubá Festival é a websérie “Tião do Distrito”, que reúne entrevistas de pessoas ligadas à história do público LGBTQIA+ de São José do Rio Preto. Ao longo de quatro capítulos, são resgatados clubes, festas, personalidades e atitudes que marcaram as décadas de 1980, 1990 e 2000 na cidade. Harlen Felix é responsável pelo roteiro e entrevistas; Guilherme Di Curzio, pela edição, e Tiago Mariusso, pela produção da websérie.
O projeto do Pajubá Festival é realizado com recursos da Lei Aldir Blanc São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.
SERVIÇO:
Pajubá Festival
Quando: de 7 a 11 de abril de 2021
Onde: canais da Cia. Ir e Vir no YouTube (https://bit.ly/397cvnY) e Facebook (https://bit.ly/3caBGI2)
Realização: Companhia Ir e Vir, com recursos da Lei Aldir Blanc São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal
Programação completa: Facebook: @cia.irevir | Instagram: @cia.irevir
Gratuito.
PAJUBÁ FESTIVAL – PROGRAMAÇÃO COMPLETA
7 de abril, quarta-feira
15h – WORKSHOP: “Danças Urbanas – Vogue”, com Alex Oliveira (São José do Rio Preto/SP)
O vogue é um estilo de dança criado em Nova York, nos anos 1980, pela comunidade negra, latina e LGBTQIA+, inspirado nas poses das modelos nas passarelas e capas de revistas de moda. O dançarino Alex Oliveira ensinará os passos básicos dessa dança, popularizada pela rainha do pop Madonna.
Público-alvo: interessados a partir dos 15 anos. Recomenda-se ter um local adequado para movimentação e ter consciência corporal e noção de danças urbanas.
Onde: A atividade acontecerá pelo google meet e o link será enviado por WhatsApp no dia do evento.
Vagas: 20 (seleção por ordem de inscrição)
90 minutos. Gratuito
Inscrições: https://forms.gle/xCYmL7ZCJDHWNKue8
17h30 – ABERTURA: “Aquenda o Pajubá”, com Brendda Shinne, Gaia do Brasil, Heticera Queen, Jessie Jhay, Joanna Blac, Margoth killer, Muriel, Nally Picumã, Paola Guchardo e Wilma. Participação especial: Psicorange (São José do Rio Preto/SP)
Show virtual de abertura do Pajubá Festival com performances de drag queens de diferentes gerações de São José do Rio Preto e participação especial do Psicorange, power trio formado pelos músicos e performers Sávio D’Agostino, Andressa Maria e Murilo Gussi, que recorre à música, às artes visuais e ao spokenword para promover a diversidade e resistir aos preconceitos e intolerâncias da sociedade. Entre as principais referências musicais estão o rock glam, o hard rock e o pop.
19h – ENCONTRO VIRTUAL DE IDEIAS: “Saúde mental: sexualidade e suicídio. Vamos conversar sobre TT (Transsexuais e Travestis)?”
Abrindo a série de conversas virtuais, o Pajubá Festival recebe nesse encontro Telma Abrahão, psicóloga clínica e social; Rachel Schneider, profissional da área da beleza e estética, performer e militante do movimento trans, e Cairo Francisco, músico e diretor do Núcleo LGBTQIA+ da UJS (União da Juventude Socialista) de Rio Preto. Entre as referências para o encontro, está o livro “O corpo da roupa”, da psicanalista trans Letícia Lanz.
Mediação: Alexandre Felipe, psicólogo e membro do Núcleo da Diversidade Sexual e do Núcleo das Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia (subsede de São José do Rio Preto), e Gaia do Brasil, artista plástica, maquiadora, professora de dança contemporânea e drag queen.
21h – MOSTRA POP: Show “CTRL+N contra o Macho Astral”, com CTRL+N (São Paulo/SP)
O duo Ctrl+N, formado por Haroldo França e Nigel Anderson, apresenta versões novas do seu repertório. Sucessos como “Eu Prefiro” e “Afeminada” tem espaço garantido na apresentação, além de outras músicas dos EPs “Grita” (2018) e “Vrá” (2020). A visualidade, ponto sempre marcante no trabalho da dupla, é explorada no show, que tem visuais, coreografias e uma estética pensada para esse novo momento.
Ficha técnica: Haroldo França e Nigel Anderson (direção e produção); Lucas Ronsani (músico e engenharia de som); Felipe Lwe e Ilana Zaninni (fotografia e operação de câmera); Luan Ferreira e Nilton Siqueira (assistência de produção e making of); Nicholas Duran (iluminação e técnico de luz); Urbno Brand – Bruno Dalcheco (figurino). Locação: Antiquario Café. Agradecimentos: Casa Amarela de Cultura Coletiva, Selo Ambulante e Noah Correa Hairstyle. Classificação indicativa: 12 anos
22h – PERFORMANCES ARTIVISTAS: Matrística Relicário, com Cia. do Santo Forte (São José do Rio Preto/SP)
Obra audiovisual que revisita a série de performances desenvolvidas pela Cia. do Santo Forte – fundada por Tauane e Daniel Santo Forte – entre 2017 e 2019. A pesquisa uniu artistas profissionais e amadores interessados em pesquisar e honrar as ancestralidades femininas inspirados em orixás e entidades da Umbanda.
Ficha técnica: Tauane Santo Forte (Direção); Zé Tomaz e Dániel Santo Forte (Edição); Zé Tomaz, Dániel Santo Forte e Lupercio Ponce (Captação de imagens); Nathalia Fiorani (Captação de som); Aguinaldo Moreira de Souza, Dániel Santo Forte, Fabiana Abranches, Inajara Fabiana, Reni Trombi e Vanessa Cornélio (Depoimentos); Aguinaldo Moreira de Souza, Zeca Ligiéro, Kiusam de Oliveira e Rayra Maciel (Provocações); Dániel Santo Forte e Tess Marcondes (Fotografias). Participação das performances: Tauane Santo Forte, Jessica Zago Paladino, Lia Maura Barros, Lili Caffe, Nicole Marcondes, Tess Marcondes, Thiago Campos, Bruno Marques, Erick Guerra, Luiz Giwllyan Martins, Prophanys, Yndy Junior, Reni Trombi, Fabiana Abranches, Inajara Fabiana, Vanessa Cornélio, Dániel Santo Forte e Jorge Augusto.
8 de abril, quinta-feira
15h – WORKSHOP: “Criação de DIY Mochilas Jeans”, com André Basta (São José do Rio Preto/SP)
O empreendedor criativo André Basta ensina uma técnica nova para quem busca uma alternativa para aumentar os ganhos. Quem participar aprenderá a confeccionar uma mochila a partir de uma calça jeans usada.
Público-alvo: interessados a partir dos 10 anos (sob supervisão dos pais).
Materiais necessários: 1 calça jeans usada, zíper número 5 a medida de 80 cm, tesoura, forro à escolha
Onde: A atividade acontecerá pelo google meet e o link será enviado por WhatsApp no dia do evento.
Vagas: 20 (seleção por ordem de inscrição)
90 minutos. Gratuito
Inscrições: https://forms.gle/TYViLuKUKs8yZHtB6
17h30 – DRAMA QUEER: Bate-papo com autor de “Boneca Russa”, Marcelo Rosalem Oriani (São Paulo/SP)
O crítico teatral Rodolfo Kfouri faz uma entrevista sobre o processo de escrita da peça teatral “Boneca Russa”, com o autor, Marcelo Oriani. A peça foi feita para uma atriz trans e um ator trans. O texto estará disponível para leitura no Facebook da Cia. Ir e Vir (@cia.irevir) no dia do bate-papo.
19h – ENCONTRO VIRTUAL DE IDEIAS: “Lésbicas negras (re) existindo no movimento LGBTQIA+”
Para debater o tema em questão, o Pajubá Festival recebe Lila Santiago, atriz, arte-educadora, idealizadora do projeto Afrontosamente; Ana Paula Bonafe, musicista e psicóloga, e Jész Ipolito, graduanda em gênero e diversidade pela UFBA, idealizadora do blog Gorda e Sapatão. Algumas referências para essa conversa são o livro “Tornar-se negro”, de Neusa Santos Souza, e a obra da filósofa, escritora e ativista antirracismo Sueli Carneiro.
Mediação: Alexandre Felipe, psicólogo e membro do Núcleo da Diversidade Sexual e do Núcleo das Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia (subsede de São José do Rio Preto), e Gaia do Brasil, artista plástica, maquiadora, professora de dança contemporânea e drag queen.
21h – MOSTRA POP: Espetáculo “Experiência XSINDZIVXS”, com GAL – Grupo de Apoio à Loucura (São José Rio Preto/SP)
XSINDZIVXS: vem de INDIZÍVEL, As Indizíveis.1 O que não pode ser dito. 2 Que ou quem foi anulado/excluído por não condizer com a normalidade. 3 Não pronunciável, não apresentável, impróprio, inapropriado, censurado. 4 Aquele que diz o que não pode ser dito. Faz o que não pode ser feito. É aquilo que dizem para não ser.
Cinco personagens são deixadas em um hospital psiquiátrico e por meio de seus depoimentos relatam suas vidas, a partir dos conceitos de loucura impostos pela sociedade.
Ficha técnica: Christina Martins, Diego Neves, Suria Amanda, Cassio Henrique e Daniel Bongiovani (elenco criador); Murilo Gussi (direção e iluminação); Diego Neves (coreografia); Magia Negra, Diego Neves e Lucca Lourenço (trilha sonora); Clayton Nascimento (orientações artísticas através do Programa Qualificação em Artes e preparação de elenco); Jandilson Vieira (orientações artísticas através do Programa Qualificação em Artes e dramaturgismo); Maju Pereira (design gráfico); Daniel Bongiovani (edição de vídeo). Produção: GAL. Classificação indicativa: 14 anos.
22h – PERFORMANCES ARTIVISTAS: Desabafo, com Jailson Rodriguez (São José do Rio Preto/SP)
Uma performance de dança contemporânea e arte visual. Voz, corpo, dança, vídeo, arte de um artista gay e preto. Um monólogo dançante em forma de protesto.
Ficha técnica: Jailson Rodriguez (concepção); Jailson Rodriguez (intérprete/criador); Carolina Campos (consultoria artística); Michael Rodrigues (Vídeo e Projeção); Anderson Ayusso (Maquiagem). Música: “Bixa Preta”, Linn Da Quebrada, e colagem musical de diversos compositores.
23h – WEBSÉRIE: Tião do Distrito – Episódio 1: Realce, quanto mais purpurina melhor! (São José do Rio Preto/SP)
Websérie de quatro episódios que reúne histórias, lugares e pessoas que fazem parte da história da comunidade LGBTQIA+ de São José do Rio Preto. O primeiro capítulo é dedicado a arte da drag queen, com personagens que brilharam nos clubes e festas gays rio-pretenses nos anos 1990 e 2000. Participação de Nally Picumã, Ladjayah Carey e Marcele Jardini.
Ficha técnica: Harlen Felix (roteiro e entrevistas); Guilherme Di Curzio (edição) e Tiago Mariusso (produção).
9 de abril, sexta-feira
17h30 – DRAMA QUEER: Bate-papo com autor de “Diário Negro”, Apollo Faria (São Paulo/SP)
O crítico teatral Rodolfo Kfouri entrevista o autor da peça teatral “Diário Negro”, Apollo Faria, que conta sobre o seu processo de escrita. A obra tem como protagonista um homem que trabalha como drag queen em uma boate decadente. No dia da atividade, o público poderá ler o texto da peça no Facebook da Cia. Ir e Vir (@cia.irevir).
19h – ENCONTRO VIRTUAL DE IDEIAS: “LGBTQIA+ cidadania: Pecado, doença, religião, família e direitos”
Nesse encontro virtual, o Pajubá Festival recebe Marcus Alexandre Mendes Andrade, bacharel licenciado em Filosofia pela PUC-Minas e bacharel em Teologia pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma; Éverton Romão, pastor sênior da Igreja Connect, teólogo e palestrante sobre questões LGBTQIA+ e Religião; Fabiana Pezzotti, atriz e produtora artística, e Talita Carvalho, psicóloga e especialista em direto homoafetivo e gênero. Referência: livro “O Enigma da Esfinge – a Sexualidade”, de Antônio Moser.
Mediação: Alexandre Felipe, psicólogo e membro do Núcleo da Diversidade Sexual e do Núcleo das Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia (subsede de São José do Rio Preto), e Gaia do Brasil, artista plástica, maquiadora, professora de dança contemporânea e drag queen.
21h – MOSTRA POP: Show-manifesto “Queernejo”, com Reddy Allor (São José do Rio Preto/SP)
A cantora e drag queen Reddy Allor apresenta o movimento queernejo como uma ressignificação da música sertaneja, que atualmente divide com o funk as primeiras posições nas paradas musicais das plataformas de streaming. Trata-se de um “show-manifesto” que apresenta personas e músicas que o queernejo dá voz.
Ficha técnica: Guilherme Bernardes (artista Reddy Allor); Alexandre de Carvalho Sousa (baixo); Rafael Stefanini (bateria); João Napoleon (acordeon); Gabriel Bernardes Duarte (violão); Guilherme Martinez, Maria Clara Vargas, Vinicio Arruda (produção). Classificação indicativa: 12 anos
22h – PERFORMANCES ARTIVISTAS: Mostra “Re-montar”, de Gabriel Lima (São José do Rio Preto/SP)
“Re-montar” é uma exposição fotográfica online de Gabriel Lima, que apresenta o universo criativo das drag queens do interior paulista. Em um registro audiovisual, o fotógrafo apresentará o conceito da mostra online.
Ficha técnica: Gabriel Lima (coordenação geral e fotografia); Gabriel Lima e Lawrence Garcia (Argumento); Gabriel Lima e Modelos Participantes (Figurinos); Modelos Participantes (maquiagem).
23h – WEBSÉRIE: Tião do Distrito – Episódio 2: Shantay Stay (São José do Rio Preto/SP)
Websérie de quatro capítulos que reúne histórias, lugares e pessoas que fazem parte da história da comunidade LGBTQIA+ de São José do Rio Preto. O segundo capítulo também é dedicado a arte da drag queen, além de reflexões sobre o movimento trans, com personagens que brilharam nos clubes e festas gays rio-pretenses nos anos 1990 e 2000. Participação de Abigail Rosseline, Nally Picumã, Ladjayah Carey e Marcele Jardini.
Ficha técnica: Harlen Felix (roteiro e entrevistas); Guilherme Di Curzio (edição) e Tiago Mariusso (produção).
10 de abril, sábado
15h – REUNIÃO ABERTA: Conselho Municipal dos Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero de São José do Rio Preto
Representantes da sociedade civil e do poder público de São José do Rio Preto são convidados para um debate sobre a criação do Conselho Municipal dos Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero, cujo projeto foi rejeitado recentemente pela Câmara Municipal.
A atividade será transmitida pelos canais do YouTube e Facebook da Cia. Ir e Vir e Cia. Apocalíptica.
17h30 – DRAMA QUEER: Bate-papo com autor de “Separades”, Caju (Santos/SP)
O crítico teatral Rodolfo Kfouri entrevista o autor do conjunto de artbooks “Separades”, Caju, a persona artística de Carlos Junior, com ilustrações a partir da reflexão do artista sobre o corpo LGBTQI+ engajado cotidianamente, sujeito ao julgamento e a catalogação sexual. A obra estará disponível no Facebook da Cia. Ir e Vir (@cia.irevir) no dia do bate-papo.
19h – ENCONTRO VIRTUAL DE IDEIAS: “Pessoas em situação de rua LGBTQIA+” e exibição do documentário “As cores das ruas”, de Felippe Francisco
Nesse bate-papo, o Pajubá Festival recebe Pedro Henrique Quintino Pereira, co-fundador do projeto “RP Invisível”, voltado a pessoas em situação de rua; Mariana Munhoz, cantora, atriz e colaboradora da Casa Florescer, centro de acolhida para mulheres travestis e transexuais, e Alberto Silva, diretor da Casa Florescer. Mediação: Alexandre Felipe, psicólogo e membro do Núcleo da Diversidade Sexual e do Núcleo das Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia (subsede de São José do Rio Preto), e Gaia do Brasil, artista plástica, maquiadora, professora de dança contemporânea e drag queen.
A atividade também terá exibição do curta documentário “As Cores das Ruas”, de Felippe Francisco, que mostra quem são, como vivem, pensam, se relacionam entre si e a sociedade, moradores de rua LGBT da cidade de São Paulo. Também participam formadores de opinião sobre o tema, como gestores públicos, ONGs, acadêmicos e políticos, assim ressaltando como essa população é duplamente marginalizada pela sociedade.
21h – MOSTRA POP: Show “Ritual de Magia Negra”, com Magia Negra (São José do Rio Preto/SP)
O termo “magia negra” sempre esteve associado ao manejo de forças sobrenaturais para atingir um objetivo, por meio de rituais, símbolos, feitiços, poções, cerimônias. A cultura negra, assim como sua espiritualidade, foi demonizada e até hoje carrega um estereótipo implantado pela cultura eurocêntrica, que transforma tudo o que é relacionado ao povo negro em negativo, obscuro e abjeto, como a umbanda e o candomblé. O duo musical formado por Diego Neves e Lucca Lourenço se apropria do termo para enaltecer a cultura negra e o povo afro-brasileiro, retratando nas letras suas vivências como bichas pretas numa sociedade racista e homofóbica, e valorizando o jazz, o soul, o R&B, o funk, o rap, a música gospel norte americana e principalmente a música brasileira. O repertório da dupla é autoral e contém músicas feitas antes e durante a pandemia. Explorando os elementos naturais terra, fogo, água e ar, o show contém outras expressões artísticas além da música, como a dança, a poesia e a performance.
Ficha técnica: Diego Neves e Lucca Lourenço (elenco); Dj Basim (Direção Musical); Malu Oliveira (Iluminação); Maju Pereira (Produção e Design Gráfico). Participações: Christina Martins e Dj Basim. Classificação indicativa: 14 anos.
22h – PERFORMANCES ARTIVISTAS: Tirando leite de touros negros, com Nadson Francisco (São José do Rio Preto/SP)
Por meio da dramatização de dois poemas de Thomas Grimes retirados da antologia “Milking Black Bull: 11 Gay Black Poets” (Tirando leite de touros negros: 11 poetas negros-gay), o artísta evidencia as raízes íntimas daqueles que carregam o fardo de serem lançados ao exílio, em decorrência de um corpo que transcende duas identidades socialmente intoleráveis: ser negro e gay. A pele que habitamos é hostilizada pelo racismo e pela homofobia, perante o autoritarismo que rege os estereótipos heteronormativos e étnicos, e exima a possibilidade do homem negro-gay de encontrar um lugar ao qual possa pertencer.
Ficha técnica: Thomas Grimes (texto); Nadson Francisco do Prado (adaptação, direção e elenco); Letícia Rodrigues (figurino); Victor Silveira (Trilha original); Letícia Rodrigues (sonoplastia); Isaac Ruy (iluminação) e Pablo Azevedo (arte).
23h – WEBSÉRIE: Tião do Distrito – Episódio 3: Meu corpo, minha fala!
Websérie de quatro capítulos que reúne histórias, lugares e pessoas que fazem parte da história da comunidade LGBTQIA+ de São José do Rio Preto. O terceiro capítulo é dedicado ao movimento político e social. Participação de Abigail Rosseline, Fábio Takahashi e Julio Caetano.
Ficha técnica: Harlen Felix (roteiro e entrevistas); Guilherme Di Curzio (edição) e Tiago Mariusso (produção).
11 de abril, domingo
17h30 – DRAMA QUEER: Bate-papo com autora de “Jantar pra seis”, Isabela Egea Lisboa Lacerda (São José do Rio Preto/SP)
O crítico teatral Rodolfo Kfouri entrevista a autora do roteiro para curta-metragem sapatão independente “Jantar para seis”, Isabela Lisboa. O texto estará disponível para leitura no Facebook da Cia. Ir e Vir (@cia.irevir) no dia da atividade.
19h – ENCONTRO VIRTUAL DE IDEIAS: “Intersexo, bissexuais e assexuais: a luta pela existência”
Um bate-papo com a psicopedagoga Thaís Emília Campos dos Santos, presidente da ABRAI (Associação Brasileira Intersexo); Bruna Giorjiani de Arruda, socióloga e militante feminista, e Yuki, criadore do canal Saia da Bolha (sobre comportamento, ativismo LGBTQIA+ e saúde mental). Referência: Livro Jacob(y), “entre os sexos” e cardiopatias, o que o fez Anjo?, de Thais Emilia de Campos dos Santos.
Mediação: Alexandre Felipe, psicólogo e membro do Núcleo da Diversidade Sexual e do Núcleo das Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia (subsede de São José do Rio Preto), e Gaia do Brasil, artista plástica, maquiadora, professora de dança contemporânea e drag queen.
21h – MOSTRA POP: Show “Samba de Ilê”, com Jaqueline Cardoso (São José do Rio Preto/SP)
Registro audiovisual de show da cantora Jaqueline Cardoso, que, acompanhada por cinco músicos, apresenta sambas de roda que marcam o cancioneiro popular brasileiro.
Ficha técnica: Jaqueline Cardoso (voz); Cris Vieira e Gra Cardoso (vocais); Kauê Rocha Inã Xemy (percussão); João Bolzan (bateria) e Ademilton Germano (cavaco e violão). Classificação indicativa: livre.
22h – PERFORMANCES ARTIVISTAS: Na cama sem Madonna, com Murilo Gussi (São José do Rio Preto/SP)
O ator Murilo Gussi abre as portas de seu quarto e, em sua cama, relata com humor acontecimentos relacionados à sua homossexualidade, passando por episódios de preconceito e autoaceitação, além de compartilhar, através de números musicais, suas experiências como drag queen e a influência de Madonna ao longo de sua trajetória.
Ficha técnica: Murilo Gussi (Concepção e performer); Diego Neves (câmera, contrarregragem e provocação); Pedro Gabriel Torres (provocação); Daniel Bongiovani (edição de vídeo); Savio D’Agostino (criação da trilha sonora e contrabaixo) e Andressa Maria (bateria).
23h – WEBSÉRIE: Tião do Distrito – Episódio 4: Dancing Days
Websérie de quatro capítulos que reúne histórias, lugares e pessoas que fazem parte da história da comunidade LGBTQIA+ de São José do Rio Preto. O último capítulo é dedicado aos clubes e festas que marcaram a cidade nos anos 1980, 1990 e 2000. Participação de Abigail Rosseline, Rodrigo Mabel e Fernando Aguilar.
Ficha técnica: Harlen Felix (roteiro e entrevistas); Guilherme Di Curzio (edição) e Tiago Mariusso (produção).