Até Quando?
Tudo começou com o mensalão. De lá para cá, toda semana somos bombardeados com escândalos de corrupção de políticos e empresas – estatais e privadas. E desde que surgiu a Lava-Jato, só piorou. A propinagem faz parte do noticiário quase que diariamente. Ok. Não quer dizer que antes do mensalão não havia corrupção, essa praga chegou ao Brasil com a esquadra de Cabral. A diferença é que antes tudo corria a sorrelfa e a partir do mensalão a bandalheira começou a ser revelada. Para agravar mais, em 2014 a economia foi para o esgoto juntando crise econômica com crise política. Desde então o Brasil enfrenta uma crise que parece não ter fim. Até quando vamos continuar assim?
Tudo Igual
No fim do século XVI um navio da marinha mercante inglesa navegava há quatro meses. Nesse tempo os marujos não tomavam banho e nem trocavam de roupa, o que não era novidade, não havia banheiro nos navios. Por conta disso, a embarcação fedia! O capitão, Sir Paul Molle, chama o imediato, Mr. Willian Wiski
– Mande os homens trocarem de roupa, o navio fede.
– Yes, Sir Molle!
O imediato reúne os marujos.
– Marinheiros, o capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa. David troque sua roupa com John; John troque a sua com Peter; Peter troque com Alfred; Alfred troque com Harry; Harry troque… Quando todos tinham feito as trocas de roupas o imediato volta ao capitão e avisa que todos tinham trocado de roupa. O Capitão, aliviado pede para içar as velas e continuar a viagem.
Trocar ou Mudar?
A história acima mostra o que poderá acontecer nas eleições gerais de 2018. Haverá troca de governantes, troca de parlamentares, no entanto o cheiro de fedor continuará. O sistema político brasileiro apodreceu, não funciona mais, aliás, creio que nunca funcionou. É preciso uma reforma geral, profunda, que mude esse sistema. Como governar com 36 partidos políticos? Como buscar apoio no Congresso? E aí entra o fisiologismo. Cargos são oferecidos aos partidos em troca de apoio ao governo. Uma vez com seus camaradas em postos chaves da administração federal está aberta a porta do cofre para safadeza. O sistema atual favorece a corrupção. É preciso mudar. Contudo é uma tarefa árdua. Para começar é preciso diminuir a quantidade de partidos e barrar a criação de outros. E aí começa a encrenca. Não tenho esperança de mudanças, não! O máximo que pode acontecer é uma pequena lavagem na roupa para diminuir o fedor. Mas ele permanecerá.
Pizza
O julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE terminou em pizza. Foi uma encenação de um jogo de cartas marcadas. Os ministros que votaram contra a cassação de Temer deram nó em fumaça e depois desataram para justificar seus votos. Ainda bem, senão a frustração seria geral, todos já esperavam por essa pizza. De qualquer modo foi uma desmoralização do TSE. Como o exemplo vem de cima já tem malandro usando a argumentação do nó na fumaça dos ministros, para justificar seus atos escusos, como nesse caso.
Malandro é preso com um porco nas costas ao sair de um sítio. Surpreso ele pergunta ao policial como a polícia chegou tão rápido ao local.
O policial responde – O vizinho denunciou. Ele viu quando você invadiu esse sítio.
O ladrão prontamente rebate – Então eu não posso ser preso porque o porco que eu roubei ainda não estava comigo quando entrei no sitio, portanto não era parte da denuncia quando ela foi apresentada. Então se desconsiderarmos o porco, não há roubo nenhum.
O policial enfia o meliante no camburão e dá uma bronca nele – Tá pensando o quê malandro? Aqui não é o TSE, não! Vai entrando aí, vai…
Dá Pra Entender?
Difícil entender tudo o que tem acontecido nos últimos tempos no Brasil para a maioria de pessoas. É tudo complicado. Às vezes parece que a Odebrecht e a JBS eram as verdadeiras donas do Brasil mostrando o rumo que a nação deveria seguir; outras vezes eram políticos que ditavam esses rumos, e pior, em conluio com as empresas. E nós todos mais por fora do que perna de moça de mini saia, sem entender porque estamos pagando mico. A verdade é que uma coisa muito ruim aconteceu. O Brasil estava indo muito bem, com crescimento sustentável, boa distribuição agrária, agricultura forte, preservação do meio ambiente, qualidade de vida ótima e todos viviam com dignidade e confiança no futuro. Então, em um belo dia, caravelas atracaram no litoral da Bahia e aí… Começou a merda.
50 Anos
Lá se vão 50 anos que apareceu o disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles. Até então eu não era muito ligado neles, mas ao ouvir algumas músicas desse memorável disco virei fã dos 4 rapazes de Liverpool. Para comemorar os 50 anos uma edição remasterizada for lançada, onde sons insuspeitos foram realçados da gravação original. Outro CD acompanha essa edição especial realizada com sobras de estúdio de quando o Sgt. Pepper’s foi gravado. Ao ouvi-lo, desmente-se a ideia de que naquela época eles já não se entendiam no estúdio de gravação. O clima era de brincadeira e camaradagem. Embora seja um disco de rock Sgt. Pepper’s entrou para a história na categoria de arte com a inclusão de música indiana, folclore britânico e elementos de música erudita. Sua capa virou ícone com diversas figuras de personalidades conhecidas. Ela é copiada e parodiada até hoje. Sgt. Pepper’s continua cultuado e referencia para artistas que vieram após seu lançamento. É um clássico que permanecerá para todo o sempre.
Loira Esperta
Essa história destrói o mito de que loira é burra. Rebostéria, morena linda, e Peidineida, loira maravilhosa, conversavam. – Preciso tiras uns dias de folga, diz Rebostéria. – E como você vai conseguir isso? Diz Peidineida. – Você vai ver. Ela arruma uma escada, sobe nas vigas que davam sustentação ao telhado, que ficava a mostra, e pendura-se de cabeça para baixo. Todos param de trabalhar, burburinho geral. Entra seu Tiburtelho, o chefe, para ver o que estava acontecendo. Espanta-se com o que vê – Que diabos você está fazendo aí? – Sou uma lâmpada. – Hum… Você não está bem Rebostéria. Procure um médico, vá se tratar e tire uns dias de folga. Rebostéreia mais do que depressa desce, pega suas coisas e vai embora. Peidineida, logo depois também pega suas coisas para sair. – Aonde a senhora pensa que vai? Pergunta seu Tiburtelho. – Pra casa! Como vou trabalhar no escuro?
O País Das Dificuldades
Fazer negócio no Brasil é de desanimar até Santo. É mais fácil engessar perninhas de centopeia do que destrinchar o emaranhado de leis e impostos que fazem do país um dos campeões da burocracia. Nesse quesito estamos em 130º. lugar, entre 185 nações. Empresas estrangeiras quando decidem se instalar aqui, apesar do investimento inicial mais caro, menos produtivo e menos eficiente demoram até três anos para entender o Brasil. No entanto, como o mercado brasileiro é promissor, as empresas enfrentam essa carga de dificuldades. Começa na abertura do negócio que demora em torno de 119 dias, a média mundial é de 30 dias. Quando tudo está ok e vão contratar a mão de obra os encargos trabalhistas é um chute 71%, em média, na proporção do salário. Na Argentina os encargos são de 26%; na Alemanha, 20%; no México, 14%. Nos EUA, 9%. Mesmo com a evidência desses números, organizações sociais são contra a reforma trabalhista. Não vivem nesse mundo.
Parecidos
O ator Nelson Xavier, que nos deixou em 10 de maio, contra sua vontade, diga-se, era muito parecido com meu avô Oscar, que partiu em 1980, obrigado que foi também. Não tinha como eu não me lembrar do Vô quando via Nelson Xavier na telinha ou na telona. Por causa disso, antes mesmo de saber que ele era um de nossos melhores atores passei a gostar do Nelson. Vai ser engraçado se os dois se encontram lá em cima. Poderão fazer a barba um olhando para o outro. Bem, o último trabalho de Nelson Xavier foi um filme que estreou pouco depois de nos deixar, chamado “Comeback”. Como sempre, com um ótimo desempenho ele é o goiano Amador, um matador de aluguel aposentado. No entanto não consegue ficar nessa vida de sossego e pensa em voltar à sua profissão. Sabendo disso, dois repórteres querem entrevistá-lo para conhecer suas matanças do passado. Quem não puder ver no cinema, poderá ver por outros meios no sofá de casa. Mas não percam!