Intolerância à lactose

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Também conhecida como hipolactasia ou deficiência da lactase, a intolerância à lactose consiste na incapacidade que o organismo tem de digerir lactose – um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos.

A literatura médica relata que essa patologia ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade necessária da enzima lactase, cuja função é quebrar as moléculas de lactose e convertê-las em glucose e galactose.

Explicação médica à parte, o fato é que segundo a Confederação Brasileira de Gastroenterologia, 40% da população brasileira tem algum tipo de intolerância ao leite e seus derivados, cujos sintomas mais comuns são as náuseas, diarreia, excesso de gases, dor de estômago, entre outros incômodos.

Para quem convive com isso, como é o caso desse colunista, o desconforto é enorme, porquanto as restrições alimentares impostas resultam em banir da dieta qualquer alimento ou mesmo ingrediente que contenha derivado do leite.

Se pensarmos que os alimentos mais gostosos trazem na receita leite, queijo, creme de leite, manteiga sem faltar a gema de ovo, não é preciso dizer o tamanho da privação. E mais, praticamente em todos os medicamentos a tal lactose se faz presente no grupo excipientes que, são conjunto de substâncias adicionadas às formulações farmacêuticas e têm a função de garantir a estabilidade e as propriedades biofarmacêuticas dos remédios, além de melhorar as características organolépticas e, assim, a aceitação dos mesmos pelos pacientes.

Assim, o uso de qualquer medicamento com lactose na fórmula pode causar desconforto aos portadores da intolerância. Mas, como na vida sempre tem um mas…, vem da própria medicina a solução. Os especialistas costumam receitar lactase 300ui(unidade internacional), que pode ser manipulado e, para quem viaja ao exterior o recomendável é adquirir lactaid, que é vendido em qualquer farmácia e não precisa de receita médica.

O ideal é tomar um comprimido antes das refeições, mas ele tem eficácia mesmo após a alimentação e, também, quando o sintoma do desconforto já se instalou – santo medicamento! –. De qualquer modo, vale sempre a máxima de que, não se deve tomar medicamento sem consultar um médico e, neste caso é o mínimo que se deve fazer.

O que conforta esse time de portadores da intolerância à lactose é saber que, além do leite sem lactose hoje existente no mercado, existe patologia muito pior, como é o caso da alergia às proteínas do leite, que atinge milhões de crianças, caso específico dos meus netos Sophia, Caio, Gabriel e Julia.

Este sim, é um problema preocupante que, na fase pós amamentação exige o uso de leite especial e importado, Neocate ou Pregomin Pepti, ambos da Danone, que custam o olho da cara, respectivamente R$168,00 e R$130,00 a lata de 400 g. Felizmente o governo do Estado tem um programa de fornecimento desse leite e, à medida que a criança cresce o problema vai desparecendo.

E, uma última dica – se você não se dá bem com o leite, procure um médico. Quem sabe você faz parte desse vasto time que compreende 40% da população de intolerantes à lactose e não seu deu conta disso.

Então, como é possível conviver bem com a intolerância, bom café da manhã pra você, sem se privar de um pingado bem quentinho e pão com manteiga na chapa. Irresistível não é mesmo?